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08 de Novembro de 2022, 13h:20 - A | A

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Na tribuna da Câmara, Medeiros chama Moraes de "déspota" e aponta fraude nas eleições

O discurso aconteceu na sessão de segunda-feira (07), em Brasília.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou em discurso na Câmara dos Deputados, nessa segunda-feira (07), que “houve sim” fraude nas eleições 2022. Além disso, ele teceu duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o chamou de "déspota".

Na tribuna, o parlamentar saiu em defesa dos manifestantes que, desde o domingo de eleição (30), promovem protestos pelo Brasil contra o resultado das urnas, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil.

Para ele, Alexandre de Moraes tem promovido “arroubos totalitários” contra diversos brasileiros que tiveram seus perfis nas redes sociais derrubados por conta de suas publicações.

 

 "Eu tenho visto uma sanha totalitária tomar conta do país. Eu vi esta semana uma verdadeira festa feita por um ministro, tirando do ar as redes sociais de várias personalidades do país, deputados, ex-candidatos à presidência, por não concordar com o teor de suas postagens. A democracia não pode conviver com arroubos totalitários”, declarou.

  

“O cidadão tem o direito de dizer e se expressar da forma como quiser. Essa história, 'a liberdade de expressão não pode conter isso ou aquilo', isso é conversa pra boi dormir. Se ele quiser dizer que essa eleição foi fraudada, se ele quiser dizer que a eleição foi assim ou assado, ele tem direito de dizer o que quiser. Não vai ser um déspota (Alexandre de Moraes) que vai dizer que jeito a pessoa vai se manifestar”, emendou.

 

Ao afirmar que houve fraude no processo eleitoral, Medeiros explicou que as irregularidades começaram quando Lula conseguiu derrubar na Justiça suas condenações e se tornar elegível, porque “tinha um juiz para chamar de seu”.

“Eu digo com todas as letras: a eleição foi fraudada. E digo quando ela começou a ser fraudada: no momento em que o sujeito condenado entra com embargo de declaração, que qualquer estudante de direito sabe que embargo de declaração serve para o sujeito perguntar ao juiz: 'doutor o que está escrito aqui, que eu não entendi sua sentença?'. Embargo de declaração só serve pra isso, para aclarar pontos obscuros na sentença.”

“Nesse embargo de declaração, o vencedor nas eleições conseguiu anular quatro processos julgados por mais de 20 juízes. Nesse embargo de declaração, o candidato vencedor da eleição conseguiu anular um embargo de fixação de competência do plenário do Supremo Tribunal Federal, portanto ele era inelegível de pleno. Então a fraude começa aí. A fraude começa por aproximações sucessivas, quando só tem juiz para um lado. Eles tinham um juiz para chamar de seu”, completou.

O deputado afirmou ainda que entrou com diversos pedidos de afastamento contra Alexandre de Moraes, por entender que o ministro não era “isento para o pleito”, tendo em vista que, segundo ele, chegou ao cargo que ocupa graças à ajuda de Geraldo Alckmin (vice-presidente na chapa de Lula).

“Eu entrei com um pedido de afastamento do ministro, porque ele não é isento. Alexandre de Moraes não é isento para tocar esse pleito. O ministro Alexandre de Moraes foi secretário de um dos candidatos: do Alckmin”, finalizou.

 

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