27 de Junho de 2022, 17h:50 - A | A

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Neri confirma aproximação com PT e avisa: Muita coisa vai mudar

Em entrevistas ao Repórter MT, Neri já havia dito que nunca fechou as portas para o PT

EUZIANY TEODORO
DAFINNY DELGADO



O deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato ao Senado, confirmou que está cada vez mais próximo do Partido dos Trabalhadores (PT) e deve compor palanque da esquerda em Mato Grosso. A conversa se tornou mais “firme” após decisão – ainda não oficial – de o governador Mauro Mendes (União Brasil) apoiar Wellington Fagundes (PL) ao Senado, por causa da aliança com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

 

Na sexta-feira da semana passada, dia 24, Neri se reuniu com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffman, para discutir uma chapa conjunta, que terá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrendo com Bolsonaro me nível nacional.

“Foi uma conversa boa, bem tranquila. Nós estamos conversando, sim. Eu não vou dispensar apoio aqui no Estado. A conversa foi de alto nível. Sou muito colega da Rosa Neide (PT) e vamos manter diálogo com todos os partidos”, confirmou.

O próximo passo será reunir com os partidos de sua base aliada, PSD e MDB, para bater o martelo. “Nosso grupo, que está composto por três partidos: PP, PSD e MDB, vamos sentar agora, fazer um desenho bem feito e até as convenções nós vamos definir. Talvez possa sair [a decisão] até essa semana ou semana que vem. É fato isso. Estou, sim, conversando com os partidos, quero apoio e vamos consolidar nossa candidatura ao Senado.”

 

Em entrevistas anteriores ao Repórter MT, Neri já havia dito que nunca fechou as portas para o PT. Lembrou, inclusive, que foi ministro na gestão de Dilma Rousseff (PT) e o que importa, para ele, é ter apoio.

Recentemente, também enfatizou várias vezes que seu projeto não depende do apoio do governador Mauro Mendes, que acaba por perder.

“Normal. Vida que segue. Bola pra frente. Nós vamos continuar ajudando o governo do estado, como sou o deputado federal mais alinhado com o governo desde o primeiro dia, na época boa, na época ruim. Eu não estou entrando no ônibus agora. Eu estou construindo uma candidatura. Estou indo para eleição e vou ganhar. Quanto mais apoio tiver, melhor. É um projeto que, inclusive, pode ajudar o estado a pensar grande, convergente, pacificação, diálogo”, disse.

 

Questionado se sua decisão pode mudar o cenário das eleições em Mato Grosso este ano, resumiu: “Pode não. Vai mudar”.

 

 

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