CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O deputado federal Neri Geller (Progressistas) afirmou que nunca atrelou sua possibilidade de candidatura em 2022 a uma possível filiação do presidente Jair Bolsonaro a seu partido e, por isso, não se aflige com a ida do gestor ao PL.
Neri ainda ponderou que, apesar de não estar na mesma sigla que Bolsonaro na próxima eleição, em sua visão, o apoio do Progressistas às pautas do governo poderão ter peso importante nas eleições de 2022.
“Eu nunca criei expectativa com ninguém aqui do Estado de que eu seria candidato se o presidente Bolsonaro estivesse no nosso partido. Nunca criei e não vou criar. Tenho muita tranquilidade pra dizer isso. Sempre deixei muito claro que qualquer candidatura minha se daria em cima das condições eleitorais do grupo aqui no Estado e pela força do trabalho”, comentou o deputado nesta quarta-feira (10).
De acordo com Neri, a candidatura ainda vai ser discutida no arco de aliança do Progressistas, que conta com um alinhamento com o MDB, PTB, PSB e PSD. Aliás, os chefes do MDB e PSD, deputado federal Carlos Bezerra e o senador Carlos Fávaro, respectivamente, chegaram a anunciar o apoio à candidatura de Neri em reunião com o governador Mauro Mendes (DEM) no mês de outubro.
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Ainda conforme o deputado, outras siglas têm buscado aproximação e já abriram diálogo sobre a intenção do deputado disputar o Senado. Atualmente, além dele, também já são pré-candidatos o deputado federal José Medeiros (Podemos) e o titular da vaga, senador Wellington Fagundes (PL). Esses dois estariam, inclusive, disputando apoio de Bolsonaro.
Neri ressaltou que o Progressistas também faz parte do arco de alianças do presidente e tem sido importante para a primeira gestão de Bolsonaro. O deputado pontuou que, além da presença do ministro Ciro Nogueira (PP) no governo, o Progressistas também tem apoiado projetos importantes no parlamento.
“Todos vocês sabem, acompanharam as votações polêmicas no Congresso Nacional e quem está dando sustentação ao presidente da República. Ontem mesmo foi uma demonstração clara. Se não estivéssemos nós lá, o Partido Progressista, nós não teríamos votado a PEC que vai dar as condições para que o presidente Bolsonaro possa continuar trabalhando no sentido de ter estabilidade mínima”, avaliou, se referindo à PEC dos Precatórios.
“Eu, particularmente, sempre votei a favor do enxugamento da máquina pública, e essa questão do furo do Teto não é uma pauta que me agrada, mas é uma pauta necessária para o Brasil e para o presidente Bolsonaro. Por isso que nós fizemos o enfrentamento. Eu fui chamado para fazer toda essa movimentação, e a gente ganhar com placar muito apensado. Então, estou bastante tranquilo”, completou.
Oficialmente, Bolsonaro ainda não declarou apoio a qualquer pré-candidato ao Senado. Contudo, sua filiação ao PL sugere o apoio a Wellington, que já afirmou que não pretende desistir da disputa.
