EUZIANY TEODORO
MÁRCIA MATOS
Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), declarar que, por questões partidárias, vai apoiar Wellington Fagundes (também do PL) para o Senado nas eleições deste ano, o segundo principal candidato no páreo, Neri Geller (PP), falou com o Conexão Poder e RepórterMT e disse que entende o posicionamento do gestor. No entanto, para Neri, “Bolsonaro sabe, no coração dele, quem estava lá quando precisou”.
Neri representa a base aliada mais forte de Bolsonaro na esfera federal, o Partido Progressista, que pedia ao presidente que, pelo menos, ficasse neutro em relação à disputa para o Senado em Mato Grosso. No entanto, até pelo risco de incorrer em infidelidade partidária, Bolsonaro declarou que vai apoiar Wellington nesse pleito.
“O partido está fechado e eu nem entro nessa questão. O interesse nosso é a bancada de deputado federal e senador. Governador a gente compõe, como fizemos essa composição com o Mauro Mendes. É dessa forma. Nem tudo é como a gente quer, como a gente gosta”, disse o presidente, em entrevista à Rádio Metrópole, de Cuiabá, nesta sexta-feira (29).
Neri mostrou estar tranquilo e tem convicção de que conta com o apoio do presidente.
“Ele sabe, o presidente sabe no coração dele, quem ajudou o governo federal. Quem ajudou na mudança na condição da presidência da Câmara, para trazer estabilidade politica para o governo federal. Ele sabe, nas pautas polêmicas e importantes, quando o governo precisou, quem que ele chamou. Então é por isso que ele está falando [que nem sempre é como a gente quer]. No coração do presidente da República, eu tenho certeza que ele tem a convicção e ele conhece o trabalho que nós fizemos. Então eu vou seguir firme na caminhada”, afirmou.
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Para Neri, a própria sociedade pode analisar a declaração do presidente, assim como o trabalho que prestou como deputado federal, e assim decidir em quem votar.
“A análise vocês podem fazer, a sociedade pode fazer. Ele sabe quem, na hora que precisou, com quem ele pôde contar. Vamos continuar nessa linha, continuar ajudando o presidente, o governo federal e vamos continuar trabalhando por Mato Grosso e pelo Brasil. Muita coisa ainda vai acontecer até as convenções. Muita coisa vai acontecer”, concluiu.