DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
Em análise ao RepórterMT o jornalista e analista político Onofre Ribeiro, afirmou que "uma guerra psicológica" entre os candidatos a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PT), marcou o debate realizado na noite de domingo (16), pela Band.
“Foi um debate de guerra psicológica, a sociedade não quer isso, mas respostas para as suas angústias”, afirmou.
Lula e Bolsonaro disputam o segundo turno das eleições, que se encerra no domingo (30).
Em sua análise, Onofre explicou que o debate foi “prejudicado” tendo em vista que os dois candidatos estavam muito 'armados' e preocupados em atacar os pontos fracos um do outro.
"Ontem o debate foi muito prejudicado porque os dois estavam muito armados, um contra o outro, que é fruto dessa polarização. Então na verdade ontem não tivemos um debate e sim uma guerra psicológica entre os dois candidatos para ver quem é que ataca mais os pontos fracos do outro”, explicou.
Não tivemos um debate e sim uma guerra psicológica entre os dois candidatos para ver quem é que ataca mais os pontos fracos do outro”
“Isso não é completamente inútil porque a população sempre entendeu que debate é também um lugar onde você percebe a capacidade de articulação, defesa e ataque dos candidatos. Mas por conta da polarização tivemos ataques e acabamos discutindo poucos conceitos”, acrescentou.
Para Onofre, essa é a primeira eleição em que é possível ver a população tão insegura quando o seu futuro. Além disso, ele disse esperar que esse primeiro debate seja analisado pelos candidatos para que no próximo seja diferente.
“Você escuta no ônibus, na rua, no supermercado, na sala de aula e no trabalho pessoas discutindo e com medo. 'Se ganhar vai acontecer isso, se ganhar vai virar Venezuela'. Eu quero pensar que esse debate tenha prestado para os candidatos se prepararem para os próximos debates, mas de uma maneira que responda ao anseio da sociedade por garantias e segurança”, ponderou.
Questionado se teve um vencedor, o analista destacou que Bolsonaro saiu na frente. “Os dois lados tiveram posições fortes, mas eu quero crer que o Bolsonaro apertou mais o Lula”, finalizou.
