APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, conhecido Marcelo Padeiro, detonou nesta terça-feira (19) a movimentação do deputado federal Emanuelzinho (MDB), filho do prefeito de Cuiabá, que disse estar articulando com o Governo Federal para trazer o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) somente para a Capital.
A ideia é desbancar a iniciativa do Governo do Estado, que já começou as obras para implantar o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla em inglês) em Várzea Grande e Cuiabá. O modal para interligar as duas principais cidades do Estado deveria ter sido entregue em 2014, quando Cuiabá sediou alguns jogos da Copa do Mundo disputada no Brasil.
“Você acha que o VLT em Cuiabá dá retorno financeiro? Como é que você vai implantar um sistema pra Cuiabá? Quando você pensa no bem-estar da população, você pensa na região metropolitana. A região metropolitana Cuiabá e Várzea Grande caminham para um milhão e cem mil habitantes. Então esse é o problema”, disse Padeiro ao RepórterMT.
A disputa pelo modal que vai operar em Cuiabá é mais um episódio na rivalidade travada entre os chefes dos Executivos Municipal e Estadual. Mauro Mendes (União) trabalha para dar finalizar de vez a substituição do VLT pelo BRT, enquanto o prefeito de Cuiabá insiste em querer dar sobrevida a um dos símbolos da corrupção da era Silval Barbosa.
“Em Brasília, no trânsito político vamos desenvolver esse ano com o governo do presidente Lula, já conversei com alguns ministros, não é algo oficial, mas é algo que já estamos já estamos discutindo a possibilidade [...] se houver viabilidade técnica e econômica, nós façamos o VLT na cidade de Cuiabá. Essa é uma proposta alternativa que enxerga Cuiabá do tamanho que ela é”, revelou o deputado federal, em discurso no plenário da Câmara Municipal, na semana passada.
O parlamentar também aventou a possibilidade de novas desapropriações serem realizadas, dessa vez na região central da Capital.
Apesar da mobilização de Emanuelzinho, como é conhecido o filho do prefeito da Capital, a responsabilidade pela obra é do Governo do Estado, que é quem dará a palavra final sobre o assunto.