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30 de Setembro de 2021, 08h:18 - A | A

Poderes / DINHEIRO DA SAÚDE

PF aponta expressiva movimentação financeira entre ex-secretário e funcionária de empresa alvo

Segundo a PF, a funcionária, aparentemente, não tem condições econômicas para fazer as transações vultosas

DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO



As investigações da Polícia Federal (PF), que deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a Operação Colusão, apontaram uma expressiva movimentação financeira entre o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e uma funcionária de uma empresa da qual ele era sócio, alvo da operação.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Nova Canaã do Norte. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso. A residência do ex-secretário e o prédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão sendo vasculhados.

A operação tem por objetivo desarticular um esquema voltado à prática de crimes contra a administração pública, por meio de fraudes em processos licitatórios. O esquema movimentou R$1.998.983,37. 

De acordo com as investigações, foi possível constatar uma expressiva movimentação financeira entre o ex-secretário e a única funcionária de uma empresa de que ele anteriormente era sócio. 

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Um levantamento feio pelos agentes demonstrou que a funcionária, aparentemente, não possui condições econômicas para transacionar vultosas quantias que eram depositadas em espécie em sua conta.

Após o recebimento, era rotineiro o pagamento de títulos em nome de terceiros vinculados ao ex-secretário.

A PF constatou ainda que uma empresa “fantasma” emitiu orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento, e recebeu vultosa quantia diretamente da principal empresa investigada (R$1.071.388,00).

Entre as irregularidades apontadas na investigação está a inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica, elevação arbitrária de preços. Ainda, indevido fracionamento das compras a fim de possibilitar que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.

(Com informações Assessoria PF)

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