DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
As investigações da Polícia Federal (PF), que deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a Operação Colusão, apontaram uma expressiva movimentação financeira entre o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e uma funcionária de uma empresa da qual ele era sócio, alvo da operação.
Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Nova Canaã do Norte. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso. A residência do ex-secretário e o prédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão sendo vasculhados.
A operação tem por objetivo desarticular um esquema voltado à prática de crimes contra a administração pública, por meio de fraudes em processos licitatórios. O esquema movimentou R$1.998.983,37.
De acordo com as investigações, foi possível constatar uma expressiva movimentação financeira entre o ex-secretário e a única funcionária de uma empresa de que ele anteriormente era sócio.
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Um levantamento feio pelos agentes demonstrou que a funcionária, aparentemente, não possui condições econômicas para transacionar vultosas quantias que eram depositadas em espécie em sua conta.
Após o recebimento, era rotineiro o pagamento de títulos em nome de terceiros vinculados ao ex-secretário.
A PF constatou ainda que uma empresa “fantasma” emitiu orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento, e recebeu vultosa quantia diretamente da principal empresa investigada (R$1.071.388,00).
Entre as irregularidades apontadas na investigação está a inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica, elevação arbitrária de preços. Ainda, indevido fracionamento das compras a fim de possibilitar que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.
(Com informações Assessoria PF)