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04 de Agosto de 2021, 11h:46 - A | A

Poderes / ESQUEMA COM A CHINA E PARAGUAI

PF faz devassa em gabinete e prende vereador por contrabando em MT

Conforme a PF, quadrilha fazia o contrabando dos defensivos agrícolas e manipulava fórmula

DA REDAÇÃO



O vereador Toninho Bernardes (PL), de Sinop (500 km de Cuiabá), foi preso na manhã desta quarta-feira (4), alvo da segunda fase da Operação Terra Envenenada, deflagrada pela Polícia Federal.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador, na Câmara Municipal, e em sua casa, onde ele foi preso no início da manhã. 

À reportagem, o presidente da Câmara, vereador Elbio Volkweis (Patriota), confirmou que esteve acompanhando a movimentação no parlamento nnas primeiras horas da operação. Segundo ele, a PF se limitou às buscas no gabinete do vereador, acompanhada de duas testemunhas, e não teria saído do espaço com nenhum documento apreendido. 

De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos, ao todo, 15 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão, que foram cumpridos nas cidades de Sinop, Sorriso, e Feliz Natal, em Mato Grosso, e ainda em São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Terra Roxa (PR).

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As ordens são do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, em decisão que corre em segredo de justiça.

Investigação

A primeira fase da Operação Terra Envenenada foi deflagrada em junho de 2018, quando foram cumpridos 22 mandados, sendo seis de prisão.

As investigações da Polícia Federal apontaram que a quadrilha importava produtos do Paraguai e manipulava os agrotóxicos, provocando riscos à saúde humana. Isso porque o uso desses defensivos agrícolas é rigorosamente limitado pelos órgãos oficiais.

Na primeira fase da operação foi apreendida mais de meia tonelada de agrotóxicos contrabandeados e adulterados. Então, a PF intensificou as investigações e identificou grandes grupos de fornecedores, regionais e nacionais. Eles são alvos dos mandados de prisão desta segunda fase.

De acordo com a PF, o grupo criminoso tinha apoio de agentes públicos para conseguir levar o agrotóxico contrabandeado do Paraguai até o Norte do Estado de MT.

Os investigados responderão por comercialização e transporte de agroquímicos de uso proscrito, constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes que vierem a ser descobertos. As penas variam de 2 a 10 anos de prisão.

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