DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
A bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) deverá entrar com uma representação, nesta quinta-feira (02), junto ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados pedindo a cassação do deputado federal Abílio Júnior (PL), por um vídeo em que ele minimizou o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, no mês passado.
De acordo com a informação divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, além dele, outros parlamentares que tiveram o mesmo comportamento e que ainda defenderam os atos também deverão ser representados.
"Apesar dos atos terem chocado todos aqueles defensores do Estado democrático de Direito, alguns parlamentares se sentiram representados por tais atos, justificando, via redes sociais, a prática criminosa e veiculando fake news acerca dos fatos", diz trecho da representação.
O ataque na Capital Federal aconteceu no dia 8 de janeiro. A live polêmica feita pelo deputado veio à tona alguns dias depois e foi assunto em diversos sites nacionais.
Na transmissão, Abílio visita uma parte do Congresso Nacional que foi atacada por vândalos e diz que os estragos não foram tão grandes. Na ocasião, ele chegou a ser interpelado por uma mulher enquanto filmava o prédio da Câmara Federal. “Mas aqui ninguém entrou, você está mentindo”, afirmou ela.
Após ser criticado, o deputado eleito postou também nas redes sociais que “não foi eleito para agradar a todes”. Ele ainda classificou o episódio como um "mal-entendido" e disse que suas falas foram "tiradas do contexto". O vídeo dele foi apagado das redes sociais.
Logo após a polêmica, presidente do Câmara Federal, Arthur Lira, afirmou que Abilio poderá ser responsabilizado por compactuar ou minimizar os atos, assim como outros colegas de bancada que tenham diminuído a importância dos ataques.
Em seguida o deputado pediu “socorro” ao Diretório do PL para interver por ele junto à Câmara Federal, para evitar punições por causa do vídeo.
Abílio Júnior foi eleito com mais de 83 mil votos e tomou posse de seu mandato na manhã de quarta-feira (01). Vale lembrar, que ele chegou a ser cassado por quebra de decoro parlamentar quado foi vereador de Cuiabá em 2020. No entanto, ele conseguiu reverter a decisão do Legislativo Municipal na Justiça.
