DO ANTAGONISTA
Sem surpresas, Vladimir Putin (foto) foi reeleito neste domingo, 17, como presidente da Rússia, com 87% dos votos, segundo os primeiros resultados. A margem de vitória do presidente russo na farsa eleitoral do país foi a mais elevada da história, superando os 76,7% dos votos conquistados nas eleições de 2018.
O autoritário líder russo, presidente ou chefe de governo durante um quarto de século, permanecerá à frente do país pelo menos até 2030, sendo o ditador no poder há mais tempo na Rússia desde Stálin.
Na sexta-feira passada, 15, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, já havia parabenizado ironicamente o presidente russo pela vitória nas eleições:
“Gostaria de dar os parabéns a Vladimir Putin pela sua vitória esmagadora nas eleições que começam hoje. Sem oposição. Sem liberdade. Sem escolha”, escreveu o responsável europeu no X.
Uma matéria do jornal The Economist resume bem a situação:
“Numa terra onde políticos de oposição estão mortos, na prisão ou no exílio, onde falar a verdade às autoridades é uma infração criminal e onde um autocrata paranoico não hesita em matar centenas de milhares de seus próprios cidadãos e vizinhos para afirmar e manter seu poder, uma eleição parece algo inteiramente desnecessário; uma farsa extravagante ou um anacronismo bizarro”.
O autocrata russo usará sua vitória para continuar o ataque contra Ucrânia e perseguir as “elites” internas.