RAFAEL DE SOUZA
DO CONEXÃO PODER
mpossível não fazer relação entre a sabatina de Lula no Jornal Nacional, na noite desta quinta-feira (25), com a entrevista de Bolsonaro na última segunda-feira (22).
Muito diferente da entrevista ríspida, debochada e intransigente com Bolsonaro (PL), a sabatina com o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comandada por William Bonner e Renata Vasconcellos, mais pareceu uma resenha entre amigos.
A sensação é de que os apresentadores tinham tomado calmante antes do noticiário.
A sensação que deu foi de que Bonner e Renata “levantavam a bola” para Lula fazer o “gol”. Eu até ousaria dizer, que os “jornalistas” colocaram a bola na marca do pênalti para o petista chutar. Detalhe: sem goleiro para atrapalhar.
Só para se ter ideia, as perguntas mais importantes, as que falavam sobre corrupção, Bonner e Renata deixaram de ser incisivos e fizeram perguntas genéricas. Levaram um drible de Lula, que sequer respondeu de forma clara os questionamentos.
O petista não apresentou proposta nova para combater e evitar que a quadrilha instalada no Governo PT volte ao poder, caso seja reeleito.
Na sabatina com Bolsonaro, Bonner foi tão incisivo que praticamente queria obrigar o presidente a fazer um compromisso de que respeitará os resultados das urnas, caso não seja reeleito.
Lula fez “gol” porque conseguiu falar e foi menos interrompido que Bolsonaro. A Globo mostrou de forma clara de que lado está.
Foram 40 minutos, na minha opinião, de propaganda eleitoral gratuita para o PT.
É bom lembrar, que ao contrário dos eleitores de Bolsonaro, há muitos que possuem simpatia por Lula que não são ligados às redes sociais. A sabatina do Jornal Nacional pode ajudar, principalmente, esses indecisos a optar por Lula.