CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, observou que a redução dos números da pandemia da covid-19 fez com que a população mudasse seu comportamento em relação ao vírus, e parasse de se preocupar.
Além da "auto flexibilização" do uso de máscaras, que continua obrigatória em Mato Grosso, a população também tem deixado de se vacinar contra a covid-19, o que resulta em um avanço mais lento no processo de imunização.
"À medida que a parte ruim da pandemia vai desaparecendo, as pessoas começam a se acostumar. Falam assim: ‘Ah, mas agora está tendo dois óbitos por dia’, como se dois óbitos por dia não tivessem relevância”, comentou o secretário de Saúde.
De acordo com o painel da covid-19, disponibilizado pelo Governo do Estado, no mês de outubro foram 5.731 novos diagnósticos positivos para o vírus e 62 óbitos registrados em decorrência da covid. O total de óbitos registrados simboliza uma média de dois óbitos por dia.
“O medo de se infectar tem diminuído. Diminuindo o medo, a pessoa se sente mais à vontade para, aquele que não vacinou, não ir vacinar. Acha que não vai acontecer nada com ele, e tomara Deus que não aconteça”, criticou o secretário de saúde.
Gilberto ainda destacou que a vacina contra a covid-19 ajuda a reduzir o risco de agravamento da doença, e ponderou que, quem não se imunizar, ainda corre o risco de evoluir para estágios mais graves do vírus.
Atualmente, Mato Grosso tem 61% da população completamente imunizada, ou seja, com as duas doses aplicadas ou a dose única da Janssen. Em Cuiabá, o percentual é de 62,2%, enquanto em Várzea Grande é de 62,80%. No início de novembro, o percentual de população imunizada em MT era de 56%.
Nessa semana, o Estado fez a primeira premiação do programa Imuniza Mais MT, que prevê recompensa financeira para os municípios que mais conseguirem imunizar a população. Segundo Gilberto, a iniciativa foi criada como forma de incentivar as prefeituras à campanha de vacinação. À época do lançamento do projeto, Mato Grosso era um dos estados no fim do ranking de vacinação no Brasil.
Foram premiados os seguintes municípios:
Faixa acima de 60 mil habitantes: 1° - Rondonópolis, R$ 300 mil; 2° - Lucas do Rio Verde, R$ 200 mil; e 3° - Primavera do Leste, R$ 150 mil.
Faixa de 30 a 60 mil habitantes: 1° - Poconé, R$ 200 mil; e 2° - Campo Verde, R$ 150 mil.
Faixa de 15 a 30 mil habitantes: 1° - Jaciara, R$ 150 mil e 2° - Nova Xavantina, R$ 120 mil.
Faixa de 10 a 15 mil habitantes: 1° - Nova Ubiratã, R$ 100 mil e 2° - Paranaíta, R$ 80 mil.
Faixa de municípios de 5 a 10 mil habitantes: 1°- Cocalinho, R$ 80 mil, 2° - Portos do Gaúcho, R$ 70 mil e 3° - Campos de Júlio, R$ 60 mil.
Faixa de municípios de até 5 mil habitantes: 1° - Planalto da Serra, R$ 70 mil reais, 2° - Nova Brasilândia, R$ 50 mil reais e 3° - Torixoréu, R$ 40 mil reais.
Nessa primeira fase, além de analisar a aplicação de vacinas contra a covid, a Secretaria de Saúde também considerou a vacinação contra a Influenza.