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31 de Outubro de 2021, 20h:00 - A | A

Poderes / ALIADOS DIVIDIDOS

União Brasil pode liberar filiados para apoiarem Bolsonaro, diz Botelho

Sigla formada pela fusão do Democratas com o PSL tenta encontrar meio-termo para agradar filiados

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Uma das lideranças do Democratas em Mato Grosso, o deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) pontuou que o União Brasil - novo partido formado pela fusão do DEM com o PSL - discute uma maneira de agradar a classe de apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que compõe a nova sigla.

“É provável que, durante as eleições, haja a liberação daqueles que decidirem apoiar Bolsonaro, para que apoiem. Essas foram as discussões e os encaminhamentos que foram dados. Parece que isso que vai ser definido”, explicou Botelho nesta semana.

Atualmente há uma divisão entre os membros do novo partido em razão das posições contrárias que foram traçadas de forma separada nos últimos meses.

No PSL, partido que elegeu Bolsonaro presidente, mesmo após a desfiliação do chefe da República, diversos filiados permaneceram apoiadores do gestor e tentaram, até pouco tempo atrás, articular seu retorno para a sigla.

Já o Democratas adota posição de independência no Congresso Nacional, e, embora vote conforme orientação do governo em diversas pautas, já sinalizou pela intenção de apoiar uma “terceira via” na corrida à Presidência de 2022, com o objetivo de despolarizar a disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Em Mato Grosso, a situação do União Brasil encontra um cenário diferente. Isso porque alguns dos peeselistas com mandato fazem oposição ao governo Mauro Mendes (DEM). Nesse caso, mesmo tendo liberação para apoiarem Bolsonaro, o entrave para permanecer no partido após a formalização da fusão se dá pela conjuntura estadual.

É o caso dos deputados Ulysses Moraes, Sargento Elizeu Nascimento e Delegado Claudinei. O deputado Gilberto Cattani, apesar de não assumir situação de oposição, já afirmou que seguirá Bolsonaro em 2022.

Em relação aos desgostosos, Botelho já comentou que considera normal a "perda" de filiados em razão da fusão das siglas. Já o senador Jayme Campos (DEM) pontuou que quem estiver incomodado deve mesmo procurar outro espaço. “Essa questão de sair um deputado é aquela história, né, os incomodados que se mudem. Nem Cristo que desceu na terra conseguiu agradar a humanidade”, disse.

 

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