FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O vice-líder do governo Emanuel Pinheiro na Câmara de Cuiabá, vereador Luis Cláudio (PP) saiu em defesa do prefeito afirmando que não há nenhuma evidência que ligue o emedebista aos esquemas de corrupção na Saúde da Capital.
Em entrevista ao Repórter MT, nesta segunda-feira (17), Luis Cláudio rechaçou as falas do colega Dilemário Alencar, que disse que Emanuel deveria ser afastado do cargo, pois seria o “chefe maior” das fraudes na Saúde.
Se nenhuma operação chegou no nome do prefeito é porque não tem conexão. O vereador tem que ficar no lugar dele, que é fiscalizando. Não podemos julgar e indiciar ninguém
“O Dilemário não é do Judiciário, não é do Ministério Público, então cabe a esses órgãos a investigação. Se nenhuma operação chegou no nome do prefeito é porque não tem conexão. O vereador tem que ficar no lugar dele, que é fiscalizando. Não podemos julgar e indiciar ninguém”, disse.
Nesta segunda, a Polícia Civil deflagrou a Operação Overpay, sendo a 17ª ação contra corrupção na gestão Emanuel Pinheiro. Questionado se esses números manchariam a imagem do prefeito ou atrapalhariam no pleito de 2024, pois Emanuel pretende eleger um sucessor, Luis Cláudio acredita que não, pois há mais “prós do que contras” na administração.
“É só colocar na balança tudo que foi feito por Cuiabá e não são operações que não chegam no nome do prefeito que vão prejudicar a avaliação do eleitor. Olha tudo que foi feito nos transportes, fechamento do lixão, o Hospital Municipal de Cuiabá, o Contorno Leste, os viadutos. Isso que o eleitor tem que avaliar”, concluiu.
Operação Overpay
A Polícia Civil cumpriu na manhã desta segunda-feira, a Operação Overpay, que apura o pagamento indevido realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, com a conivência de agentes públicos, em benefício à LG Med Serviços e Diagnósticos.
O dono da empresa, o médico Luiz Gustavo Raboni Palma, ex-secretário-adjunto de Saúde, foi preso em Várzea Grande.
As investigações e auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram indícios de que a empresa apresentou planilhas de atendimento de médicos que sequer compareceram nas unidades hospitalares e alguns profissionais realizaram plantão apenas em determinada unidade hospitalar.
Porém, em planilha apresentada pela empresa constava como a prestação de serviço em duas unidades ao mesmo tempo, ou seja, a empresa contratada listou o profissional em duplicidade.