DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), acolheu na manhã desta segunda-feira (10) um pedido feito por alguns parlamentares para que a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar instale uma investigação contra o vereador Paulo Henrique (MDB). Ele foi alvo de busca e apreensão na Operação Ragnatela, que investiga um grupo criminoso suspeito de lavar dinheiro da facção Comando Vermelho por meio de casas noturnas na Capital.
Assinaram o documento os vereadores que integram a bancada de oposição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), da qual Paulo Henrique já foi líder na Casa de Leis. São eles: Maysa Leão (Republicanos), Dilemário Alencar (União), Sargento Joelson (PSB), Demilson Nogueira (PP) e Luiz Fernando (União).
Ao RepórterMT, Chico 2000 confirmou o pedido feito pelos vereadores e adiantou que o requerimento será lido na sessão de terça-feira (11).
"Eu recebi o pedido e ele será lido na sessão de amanhã. Em seguida, o documento será encaminhado para a Comissão de Ética analisar se tem os requisitos necessários para que a investigação seja de fato instalada", explicou.
A operação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), na última quarta-feira (05). Além do parlamentar, servidores do Legislativo municipal e do estado, influenciadores digitais, empresários e lideranças da organização criminosa foram alvos de mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens.
De acordo com a Ficco, o vereador é suspeito de usar o Sindicato dos Agentes de Regulação do Município de Cuiabá (Sindarf-MT), da qual é presidente, para lavar dinheiro oriundo do tráfico.
No inquérito policial, foram apresentadas comprovantes de transferências bancárias realizadas pelas empresas investigadas, pertencentes aos integrantes da facção, para contas indicadas pelo vereador.