Sexta-feira, 25 de Abril de 2025

05 de Fevereiro de 2025, 09h:50 - A | A

Poderes / PRESSÃO NA CÂMARA

Vereadora critica Abilio: "Poderia romper contrato do estacionamento rotativo sem precisar de CPI"

Em conversa com a imprensa na manhã desta terça-feira (04), Maria Avalone afirmou que se sente pressionada com a “imposição” posta por Abilio para que a CPI seja aprovada.

DAFFINY DELGADO
CONEXÃO PODER



A vereadora de Cuiabá, Maria Avalone (PSDB), criticou o prefeito da Capital, Abilio Brunini (PL), por sugerir que a Câmara Municipal aprove a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Parceria Público-Privada (PPP) entre a Prefeitura e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo na capital. Para ela, Abilio não precisaria mandar a CPI para a Câmara, já que ele é autoridade máxima no município.

“Eu acho que o prefeito Abilio tem toda a autoridade e autonomia para fazer isso. Ele não precisa nem da Câmara. Ele precisa saber que ele pode, sim, e deve [romper esse contrato]. Se tem um contrato que não é legal para a população, ele tem autoridade de analisar e resolver isso sem precisar estar mandando aqui para a Câmara”, afirmou a vereadora.

 

Em conversa com a imprensa na manhã desta terça-feira (04), Maria Avalone afirmou que se sente pressionada com a “imposição” posta por Abilio para que a CPI seja aprovada. Na visão dela, talvez esteja havendo uma confusão no papel dos vereadores, que estão lá para analisarem as decisões do prefeito e não ser um “puxadinho da prefeitura”, como dizem por aí.

 

 “A CPI não é instrumento de pressão, mas, às vezes, colocada desse jeito, a gente começa a sentir que seja, mas isso depende de cada vereador. Nós fomos eleitos não para sermos pressionados pelo prefeito, mas sim para estar aqui e analisar propostas boas que ele possa mandar”, pontuou.

 

 

A ideia de abrir uma CPI foi dada pelo vereador Rafael Ranalli (PL), que é base de Abilio na Câmara Municipal. O pedido de instauração da Comissão foi protocolado na última quarta-feira (29).

Até o momento, 10 vereadores teriam assinado o requerimento, sendo eles: Samantha Íris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Dra. Mara (Podemos), Katiuscia (PSB), Michelly Alencar (União), Baixinha Giraldelli (SD), Sargento Joelson (PSB), Dilemário Alencar (União Brasil), Cezinha Nascimento (União Brasil) e o próprio Ranalli.

A CPI tem, entre os objetivos, verificar a legalidade e a transparência das cláusulas do contrato, incluindo o pagamento mensal de R$ 650 mil pela Prefeitura à empresa. Também será apurada a relação de fiança da Prefeitura, no empréstimo tomado pela CS Mobi junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste e as implicações dessa fiança para os cofres públicos do município.

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