CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
Vereadores de Cuiabá rejeitaram, em votação nesta quinta-feira (9), mais dois pedidos de abertura de comissão processante para apurar a suspeita de crimes político-administrativos cometidos pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Com esses, a Câmara soma oito pedidos de investigação rejeitados.
Os pedidos foram feitos pelos vereadores Tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) e Marcus Brito Júnior (PV), com base no relatório produzido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, que pediu o indiciamento de Emanuel Pinheiro e outras mais de 40 pessoas.
Na primeira votação, do requerimento de Paccola, foram 14 votos contrários e 10 favoráveis. Já na segunda foram 15 contrários e 9 favoráveis (veja como cada vereador votou ao final da matéria).
Ao defender o requerimento, Paccola, que foi membro da CPI, relatou sobre a investigação dos medicamentos que foram encontrados vencidos e ressaltou a posição de Emanuel no caso. Segundo ele, a omissão e negligência da gestão foram responsáveis pelo prejuízo causado aos cofres públicos.
Autor do segundo requerimento, o relator do CPI dos Medicamentos, Marcus Brito Júnior, afirmou que o relatório foi produzido com imparcialidade e afirmou que, diante dos fatos encontrados nos sete meses de investigação, não foi possível deixar de pedir a comissão processante.
Por sua vez, Pastor Jeferson (PSD) afirmou que ficou decepcionado com os colegas, uma vez que todos os fatos que pesam contra Emanuel estariam expostos de forma clara nos pedidos de comissão. “Sinceramente, estou abatido por saber que tem colegas aqui que pegaram na minha mão, falaram que votariam pelo povo, e votaram contrários”, disse.
Único a defender Emanuel, o líder da prefeitura, vereador Mário Nadaf (PV), disse que Emanuel está sendo responsabilizado por questões de regimento interno, já que a responsabilidade dos medicamentos seriam dos secretários de Saúde. Ele ainda apontou que Emanuel não foi notificado pela CPI dos Medicamentos para apresentar justificativa e que a Câmara estaria tentando julgá-lo antecipadamente.
Presidente da CPI dos Medicamentos, o vereador Lilo Pinheiro (PDT) não votou por estar presidindo a legislativa. Os autores dos requerimentos não votam por força de regimento e dão espaço aos suplentes. O suplente de Marcus Brito votou contrário ao pedido. Veja abaixo.
Requerimento do vereador Tenente-coronel Paccola, com 10 votos favoráveis e 14 contrários:
Favoráveis: Demilson Nogueira (PP), Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (Podemos), Edna Sampaio (PT), Eduardo Magalhães (Republicanos), Marcus Brito Jr. (PV), Michelly Alencar (DEM), Pastor Jeferson (PSD), Sargento Joelson (Solidariedade), Maysa Leão (Cidadania).
Contrários: Juca do Guaraná (MDB), Paulo Henrique (PV), Dr. Luiz Fernando, Cezinha Nascimento (PSL), Adevair Cabral (PTB), Chico 2000 (PL), Dídimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Patriota), Marcrean Santos (PP), Maria Avallone (PSDB), Mário Nadaf (PV), Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), Sargento Vidal (Pros) e Wilson Kero Kero (Podemos).
Requerimento do vereador Marcus Brito Júnior, com 9 votos favoráveis e 15 contrários:
Favoráveis: Demilson Nogueira (PP), Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (Podemos), Edna Sampaio (PT), Eduardo Magalhães (Republicanos), Michelly Alencar (DEM), Pastor Jeferson (PSD), Sargento Joelson (Solidariedade), Maysa Leão (Cidadania).
Contrários: Juca do Guaraná (MDB), Paulo Henrique (PV), Dr. Luiz Fernando (Republicanos), Cezinha Nascimento (PSL), Adevair Cabral (PTB), Chico 2000 (PL), Dídimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Patriota), Marcrean Santos (PP), Maria Avallone (PSDB), Mário Nadaf (PV), Ralf Macedo (PV), Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), Sargento Vidal (Pros) e Wilson Kero Kero (Podemos).
