20 de Setembro de 2022, 16h:00 - A | A

Poderes / CRÍTICAS AO STF

Wellington chama decisão de Barroso em suspender piso de R$ 4,7 mil para enfermeiros de ativismo judicial

Aprovada em julho, a lei 14.434/2022 fixou piso salarial mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros em todo o país; "Na democracia a minoria pode obstruir uma matéria, mas o ativismo judicial no Brasil está demais”, disse WF

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O senador Wellington Fagundes (PL) o Supremo Tribunal Federal (STF) por suspender a implantação do piso nacional da enfermagem. Segundo ele, os ministros praticam 'ativismo judicial', tendo em vista que o tema já foi amplamente debatido no Congresso Nacional.

“Essa questão das enfermeiras foi aprovada por unanimidade no Senado, foi aprovado na Câmara e o presidente sancionou. Agora vem um ministro e suspende tudo. Ativismo judicial”, disse em entrevista à rádio Metrópole FM.

O Projeto de Lei 14.434/2022 que fixou piso salarial mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta ainda estabelece que os técnicos devem receber 70% desse valor e auxiliares de enfermagem e parteiros 50%.

 

 

Na decisão que suspendeu o piso, o ministro Luís Roberto Barroso alegou que atendeu a pedido de entidades do setor, que alegam, por sua vez, risco de demissão em massa. 

 

 

Além de defender a aplicação da lei já sancionada, o senador citou o trabalho dos enfermeiros durante a pandemia da covid-19, ocasião em que muitos perderam a vida na linha de frente na batalha contra o vírus. 

 

 “Temos que nos adequar e pagar sim, por isso criamos o programa Ajuda Brasil. Nessa pandemia se não tivesse o Ajuda Brasil teríamos guerra civil no País, porque as pessoas passando fome, necessidade, com certeza teria guerra civil. Tem que dar o dinheiro para quem precisa”, afirmou. 

Wellington explicou que o processo de elaboração e de aprovação de uma lei já é lendo e que a democracia deveria prevalecer.

“Infelizmente, o processo do legislativo é lento, porque você tem que fazer audiências públicas, você não pode fazer uma lei sozinho, tem que ser fruto de discussão, na democracia é isso, a minoria tem direito de falar", disse.

"Então, na democracia a minoria pode obstruir uma matéria e é por isso que tem toda essa complexidade, mas o ativismo judicial no Brasil está demais”, acrescentou.

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