MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Cotado para ser o candidato do Democratas na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, o vereador Marcelo Bussiki (DEM) falou ao Conexão Poder sobre as declarações do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), que o acusa de apresentar denúncia infundada ao Ministério Público Estadual para poder se favorecer politicamente, já que é tido como pré-candidato.
Ao Conexão Poder, Bussiki apontou que o prefeito tenta desviar o foco da questão, já que quando denunciou suposta pedalada fiscal, em março, ele não era cotado para ser candidato à Prefeitura de Cuiabá.
“Todo tipo de denúncia que é feita na gestão Emanuel Pinheiro ele fala que é relacionada à política. Não só eu. como o Felipe Wellaton somos vereadores e nossa missão é fiscalizar. Essa denúncia foi protocolada em março, sequer havia sido cogitado como opção dentro do partido”, argumentou Bussiki.
O Ministério Público de Mato Grosso investiga denúncia de que em 2019, a Prefeitura de Cuiabá teria anulado mais de R$ 320 milhões e cancelado outros R$ 11 milhões de dívidas de forma suspeita, como forma de melhorar o desempenho das finanças do município. A denúncia foi feita pelos vereadores Felipe Wellaton e Marcelo Eduardo Bussiki (DEM) em março deste ano.
“O Ministério Público não abriria um inquérito se não tivesse sérios indícios da ocorrência que é um órgão extremamente técnico a Secretaria do Tesouro Nacional também abriu um procedimento e a prefeitura não esclareceu até o momento a mim e ao vereador Wellaton ele pode vir com essas conversas porque a desculpa dele é sempre essa”, destacou.
Emanuel acusa Bussiki e Wellaton de usarem esse tipo de ação para impedir a continuidade das obras em Cuiabá, já que a nota de classificação do Município foi suspensa, o que complica a contratação de novos empréstimos. Bussiki rebate e critica o prefeito por estar endividando a Prefeitura de Cuiabá.
“Se existe alguma coisa errada é quem está no sétimo andar administrando Cuiabá que está endividando Cuiabá e maquiando números para o Governo Federal para obter empréstimos”, acusou.
Devido à denúncia, a Secretaria do Tesouro Nacional publicou que a capacidade de pagamento (Capag) de Cuiabá está suspensa por falta de esclarecimento acerca de distorções nos seus demonstrativos contábeis e fiscais. O Tesouro cobra explicações do Município sobre possível pedalada fiscal. Cuiabá estava com nota B, quando teve a Capag suspensa.