MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O cientista político João Edisom compara, em análise ao Conexão Poder, à uma aposta na loteria, as contratações de equipes de marketing e comunicação, por pré-candidatos, que já colocaram seus nomes à disputa na eleição suplementar ao Senado. Ele avalia que ainda é grande a incerteza de que haverá a eleição no dia 26 de abril, por isso, o investimento feito e o pagamento do trabalho prestado não têm qualquer segurança.
A insegurança, segundo ele, se dá pelo fato da cassação não ter sido por crime político e ainda há o fator da determinação de posse ao terceiro colocado, Carlos Fávaro, como senador interino, o que pode abrir o entendimento de que ele possa ficar até o final do mandato.
João Edisom, que é consultor político, pontua que essa campanha será mais cara que a convencional. Ele estima que os gastos sejam de ao menos R$ 3 milhões para disputar com boas condições de vencer.
As contratações já começam nesse mês de fevereiro, com o objetivo de trabalhar a pré-campanha e produzir material para a campanha em março.
Para o analista, os principais investimentos terão que ser feitos com viagens e reuniões, assim como equipe de comunicação e marketing.
“Se fizer distribuição para 10 municípios grandes dá um milhão. Se você contrata equipe de comunicação está falando de R$ 600 a R$ 700 mil, ainda tem combustível, avião, cabo eleitoral”, comenta.
Ainda para João Edisom, os candidatos terão que distribuir dinheiro para conseguir quem trabalhe pelas campanhas deles no interior, e esse dinheiro pode ser usado pelos próprios coordenadores de campanha para se promoverem como candidatos a prefeito, em suas cidades.