MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Carlos Alberto Rocha afirmou em entrevista ao Conexão Poder, que há “indústria” de ações de danos morais em Mato Grosso, que encarece e atrasa o serviço do Judiciário no Estado.
“Dias atrás uma advogada de Cuiabá colocou em rede nacional sobre ações de telefonia e milhares que ganharam no Estado. Já pegamos advogado aqui que tinha 6 mil e 500 ações nos juizados especiais. Gostaria que ele tivesse seis mil e 500 ações de verdade, mas qual advogado que tem 6 mil e 500 ações?”, questiona alertando para a fraude e continua: “ E ainda atrapalha aquela pessoa que necessita porque tenho que analisar todos esses e aquele lá”, comenta.
O desembargador critica o uso da Justiça gratuita como meio de ganhar dinheiro fácil. Segundo ele, em Mato Grosso, há comarcas onde 98% das ações tramitam de forma gratuita e “qualquer aventura é lucro”, o que vem onerando o serviço Judiciário.
Carlos Alberto revela ainda que uma nova tecnologia está em fase final de desenvolvimento para rastrear o envolvimento de advogados e partes em ações que possam ser consideradas fraudes.