MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Em análise ao Conexão Poder sobre o futuro da sociedade brasileira e mato-grossense pós pandemia, os analistas políticos João Edisom e Onofre Ribeiro apontam tempos de conflito e mudanças sociais que irão reduzir o governo e excluir políticos.
João Edisom e Onofre criticam a falta de capacidade dos gestores, que até agora têm improvisado e gerado conflitos.
Onofre aponta que a pandemia deixará rastro de desemprego e demissão até de servidores públicos. O novo mundo, segundo ele será ‘mais enxuto’, honesto e digital.
“Serão milhares de atitudes em que o Estado reduz-se ao mínimo e a sociedade produtiva assume o resto”, observa.
Onofre avalia que o coronavírus vai impor a maior transformação da história, começando pela educação, que deve ‘abandonar o quadro negro e aderir a modelos tecnológicos’.
"Vamos embarcar para o futuro a tecnologia, o trabalho home office, as relações profissionais. Vamos embarcar para o futuro novo sistema de lideranças e já está se percebendo isso”, comentou Onofre.
“Estamos sendo levados para o brete para embarcar para o lixo ou para o futuro. Aqui no Brasil grande parte do que conhecemos vai embarcar para o lixo. Nossos políticos sem exceção (...) Vamos embarcar para o lixo o Estado Brasileiro. Vamos embarcar para o lixo a desonestidade (...) Vamos embarcar para o futuro a juventude com ética, pois a ética será um comportamento obrigatório indispensável, indiscutível. Vamos embarcar para o futuro a tecnologia, o trabalho home office, as relações profissionais. Vamos embarcar para o futuro novo sistema de lideranças e já está se percebendo isso”, comentou.
João Edisom destaca que nesse processo de mudança haverá muito conflito de gerações, isso em todas as formas de lideranças, já que os mais velhos tendem a resistir às transformações.
Com um mundo com maior necessidades tecnológicas, o analista considera que o Brasil terá grandes dificuldades devido ao atraso digital do país diante de outras nações.
“Leva uma década, duas décadas às vezes para ter um outro comportamento realmente efetivado”, pontua.
João Edisom também critica que brigas políticas, como as que ocorrem no Estado e nacionalmente, além das incitações do residente Jair Bolsonaro colocam o país em modelo de gestão atrasado o que prejudica ainda mais o Brasil.
"Esses novos modelos, sejam eles no poder administrativo, seja nas relações pessoais, vivemos tempos de conflito e esses tempos vão perdurar por longos anos”, avaliou João Edisom.
“A gente vive momentos de grandes incertezas e no momento de grandes incertezas o que está matando não é só a pandemia, não é só a covid-19 o que vai matar muito mais são as relações de conflito daqueles que não se compreendem. Enquanto tiver essa matança, seja verbalizada ou de pessoas morrendo, nós não teremos esse novo tempo. Esses novos modelos, sejam eles no poder administrativo, seja nas relações pessoais, vivemos tempos de conflito e esses tempos vão perdurar por longos anos”, avaliou.
Ambos os analistas consideram que, apesar de todas as dificuldades, o Brasil e o Estado de Mato Grosso têm grande capacidade de recuperação.