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26 de Dezembro de 2021, 09h:55 - A | A

Programas / HORROR DA COVID

Gilberto alerta para risco de agravamento da pandemia e colapso na saúde em 2022; assista

A piora no quadro tem como possíveis causas o relaxamento da população diante da diminuição dos casos graves da doença e a falta de imunização da população.

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), Gilberto Figueiredo, avaliou que o Estado pode sofrer um novo agravamento no cenário da pandemia da covid-19 em 2022. De acordo com o gestor, a piora no quadro tem como possíveis causas o relaxamento da população diante da diminuição dos casos graves da doença e a falta de imunização da população.

"A gente sente que pode voltar a encher os hospitais de novo por parte de negligência de uma parcela da população. Por que não aconteceria aqui se na Europa e em outros países já está colapsando de novo o sistema de saúde?", questionou o gestor, em entrevista ao Conexão Poder. 

Gilberto apontou que a baixa média de óbitos, de cerca de dois casos por dia, faz com que uma parcela da população acredite que a pandemia não é mais significativa e não oferece novos riscos. O secretário também comentou que a nova variante do vírus, Ômicron, apesar de ser menos letal, ainda pode levar as pessoas a serem internadas, principalmente quem tem comorbidade.

Ele lembrou que, no entanto, o Estado desmobilizou a estrutura hospitalar que foi montada para atender os casos de covid-19 no pico da pandemia, para focar nas cirurgias eletivas que ficaram paralisadas por mais de um ano. Ainda, que o governo não tem conseguido avançar na imunização da população, o que também impacta no cenário da pandemia.

Atualmente, Mato Grosso tem apenas 67% da população completamente imunizada, ou seja, com pelo menos duas doses aplicadas, ou a dose única da Janssen - que, recentemente, passou a precisar de uma dose de reforço. Segundo Gilberto, são pelo menos 900 mil pessoas que não tomaram a segunda dose e outras 400 mil que não tomaram sequer a primeira dose.

"O medo que a população tinha no início da pandemia era o grande número de hospitalização e a alta estatística de óbito. Chegamos a ter um momento que se formou fila por falta de UTI, mesmo tendo 600 leitos no Estado montados só para isso. Tivemos um momento de muita angústia e todo mundo sonhava em ter uma vacina", recordou o gestor.

"É triste. Vivemos um colapso que eu não gostaria que vivêssemos de novo por causa de negacionistas", comentou.

Confira a entrevista:

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