MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O Governo do Estado gasta mensalmente quase R$ 7 milhões apenas para manter a alimentação dos presidiários em Mato Grosso.
O montante foi revelado pelo secretário de Segurança do Estado, Alexandre Bustamente, que em entrevista ao Conexão Poder, defendeu mudanças no sistema penitenciário para que o detento seja realmente ressocializado e não volte a cometer crimes e com isso lotar os presídios e gerar custos ao governo.
“Temos aí quase R$ 7 milhões por mês de alimentação para reeducandos, então temos aí em um ano, R$ 84 milhões de custo só com alimentação. Isso pesa no bolso de todo mundo, né. (...) Porque esse recurso quando você coloca na alimentação, você retira de outros produtos públicos, como Educação, Segurança Pública e Saúde”, declarou.
Atualmente o sistema penitenciário de Mato Grosso conta com cerca de 12 mil presos e a superlotação é o principal problema.
Entre as medidas essenciais que o secretário destaca está a introdução do trabalho no sistema penitenciário, com atividades que revertam parte de remuneração do preso para a família dele.
Segundo o secretário, o governo deve entregar em breve, uma penitenciária com mil vagas, a maior do Estado, em Várzea Grande, onde haverá uma fábrica de cimento e um viveiro, nos quais os presos irão trabalhar e serão capacitados para quando deixarem o sistema penitenciário.
O governo ainda busca recursos junto aos deputados estaduais e federais para investimentos de melhoria do sistema penitenciário e unidades produtivas. Outra fonte de renda estudada é do dinheiro e bens apreendidos, referentes a crimes de corrupção.
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