ANA CRISTINA VIEIRA
DO CONEXÃO PODER
Com trajetória de mais de uma década na Vara de Família, a juíza Jaqueline Cherulli, presidente da Associação Brasileira de Mulheres Juízas (ABMJ) e da Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam), teve papel importante na mudança de percepeção da sociedade quanto à guarda compartilhada de filhos.
Em entrevista ao Conexão Poder, a magistrada comentou que quem ganha com a guarda compartilhada entre os pais é a criança e após muitas polêmicas envolvendo o tema e palestras, as famílias compreenderam que é o melhor caminho quando casal se separa e o filho permanece sendo responsabilidade de ambos em seus direitos e deveres.
"Começa com um olhar diferente para onde o legislador queria chegar, para que então, esse homem que se sentia, não chega a ser um ultraje, mas ele se sentia usado, porque o espaço dele até então é para pagar alimentos e não participa de nada. Realmente era uma luta pesadíssima para as mães, porque os alimentos sempre o mínimo do mínimo do mínimo, a mulher, nós sabemos disso, trabalhamos três turnos, e como uma mãe solo então cuida de uma criança, trabalha três turnos e lida com uma pensão alimentícia insignificante?", destacou.
A juíza pontuou que foram vários ajustes que traziam benefícios para as crianças se despertavam a mulher para uma nova vida e não se permitia e o homem se sentir mais fortalecido e responsável na relação parental.
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