MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Apesar da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a posse de Carlos Fávaro (PSD), como senador interino, por ser o terceiro colocado nas eleições de 2018, a senadora Selma Arruda (Podemos) retomou normalmente seu trabalho no Senado, na segunda-feira (03) e retorna ao Plenário na tarde desta terça-feira (04).
Ao Conexão Poder, a senadora, que recorre da cassação do seu mandato, comentou que o recurso, que ela ingressou contra a determinação para a posse imediata de Fávaro, já está com a relatora do caso no STF, a ministra Rosa Weber.
A expectativa da defesa de Selma é pela derrubada da liminar do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que determinou a imediata posse de Fávaro, até a realização de nova eleição, marcada para o dia 26 de abril.
A favor de Selma Arruda consta o fato de que a ministra Rosa Weber, que é relatora original da ADPF (Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental) e que integra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi contra a posse do terceiro colocado nas eleições, mesmo que por um curto período. Também foram contrários à posse do senador interino, os ministros, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Outro ponto sustentado pela defesa é que a liminar pela posse de Fávaro sobrepõe o rito do Senado Federal, que dá à Selma Arruda o direito de ter processo de defesa no Parlamento. Portanto, a decisão do STF estaria interferindo na independência do Legislativo.
A Mesa Diretora do Senado ainda não definiu os prazos para o rito da defesa de Selma. Enquanto esse processo não é finalizado, ela tem direito a continuar a participar das sessões e apresentar projetos.
Outro lado
O Conexão Poder tentou contato com Carlos Fávaro por diversas vezes, mas as ligações não foram atendidas.