DA REDAÇÃO
Em entrevista ao Conexão Poder, o promotor de Justiça, Roberto Turin aponta como mentirosas as declarações do cabo Gerson Correa, réu do caso que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira, que em depoimento à Justiça Militar acusou a participação de membros do Ministério Público em esquema de ‘barriga de aluguel’ para ouvir ilegalmente pessoas que não tinham investigação oficial contra elas.
Segundo o promotor, tanto o cago como a seccional da OAB, em representação à Justiça, apontam como ‘barriga de aluguel’ o Ministério Público ter pedido a interceptação telefônica de familiares de investigados em operações do Gaeco, como no caso da ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa.
“Tava investigando a Roseli Barbosa, mas pediu a interceptação telefônica do Silval Barbosa, dos filhos e da família toda. Pediu, porque entendeu que fazia parte e ela podia se comunicar entre eles e podia usar o telefone deles . Quer dizer, eles estão numa tese de que você só pode pedir a interceptação do alvo da investigação, porque se pedir dos demais é ilegal. Isso é tese de defesa. A tese do Ministério Público é que eu posso pedir de todo mundo. Eu pedi judicialmente o juiz deferiu e eu fiz dentro da legalidade. Tem barriga de aluguel aí, nenhuma”, comenta Turin.
O promotor que é presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), concluiu afirmando que coloca a mão no fogo pelos colegas acusados de barriga de aluguel no caso da Grampolândia.
“O Ministério Público sane tudo de barriga de aluguel, mas nunca fez nenhuma. Ponho a mão no fogo por eles. Nesse caso não existe barriga de aluguel. Eu acompanhei essas investigações”, reforçou.
Veja a entrevista: