DA REDAÇÃO
Ao relembrar as críticas à decisão recente do desembargador Orlando Perri, o promotor de Justiça Roberto Turin disparou que os promotores do Ministério Público “não são vaquinhas de presépio” e portanto não têm a obrigação de concordar com as decisões dos magistrados.
Turin que é presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), comentou, em entrevista ao Conexão Poder, sobre a decisão em que Perri afirmou que o Ministério Público Estadual (MPE) estaria tentando, de maneira velada, negar à OAB-MT o acompanhamento de investigações contra promotores e fazer uma “maquiagem de seriedade” no inquérito da Grampolândia e com esse entendimento negou a separação de três notícias-crime.
“Não tenho nada contra ele ,pelo contrário é um juiz conhecido pela sua seriedade e eu gosto de gente assim. Não tenho absolutamente nada contra isso. Agora, algumas decisões dele, onde ele escreve coisas sobre o Ministério Público com as quais eu não concordei e não concordo é que a gente veementemente atacou as decisões e se houver outras decisões desse mesmo gênero a gente vai atacar de novo. Respondi naquela época que promotor não nasceu para ser vaquinha de presépio, para baixar a cabeça. Não concordo, disse que não concordo e pronto, até porque eu não sou obrigado a concordar. Mas isso não quer dizer que a decisão não vai ser respeitada, enquanto estiver em vigor”, declarou.
O promotor sustenta que as críticas são defesa à instituição, já que esta foi colocada sob suspeição pelo fato de membros terem sido citados como participantes em esquema de escutas ilegais, o que ele considera inadmissível.
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