26 de Agosto de 2019, 16h:00 - A | A

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Turin: Se quer trabalho bem feito e MP forte, promotor tem que ganhar bem; veja vídeo

Presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), classificou como demagogia as críticas aos salários de R$ 29 mil dos promotores, diante do nível de exigência profissional a que cada um é submetido, além de tudo a que têm que abnegar

MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça, Roberto Turin, que é presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), classificou como demagogia as críticas aos salários de R$ 29 mil dos promotores, diante do nível de exigência profissional a que cada um é submetido, além de tudo a que têm que abnegar e os riscos sofridos.

“A sociedade exige do promotor de Justiça um profissional sério, competente, tecnicamente preparado, que vai enfrentar o crime, que vai enfrentar a corrupção, e a gente tem problemas de segurança com família, com filhos, de ameaças, não podemos ser sócios de empresas, não podemos ter outro emprego (...) Aí você exige um profissional com toda essa limitação e qualificação e capacidade, mas aí vai na mídia e diz que eles ganham demais, que eles têm que ganhar R$ 4 mil a R$5 mil reais. Com esse valor que dizem que a gente tinha que receber você não encontra profissional para fazer o trabalho que você quer que o profissional faça”, critica Turin.

Em entrevista ao Conexão Poder, o promotor defende as prerrogativas salariais do Ministério Público, como princípio para serviço de qualidade à sociedade.

“Então se você quer um trabalho bem feito e um Ministério Público forte, tem que pagar bem”, declara.

 Turin rechaça ainda a comparação feita entre os salários dos professores e os salários dos promotores, que recebem cerca de R$ 29 mil.

“Ah, o professor recebe mal. Recebe. Eu já fui professor por 20 anos. Sou filho de professora aposentada como professora. Ganha mal. Mas porque ele ganha mal o resto tem que ganhar mal também? Não dá”, conclui.

Na entrevista, ele ainda argumenta que os promotores sofrem críticas injustas, já que além do salário recebem apenas auxílio transporte, porque não têm carro público à disposição e auxílio alimentação, como os demais servidores do Ministério Público. Lembra que nunca receberam “auxílio paletó” ou verba indenizatória e que o “auxílio livro” e os “auxílio moradia” foram cortados.

 Veja o trecho da entrevista:

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