MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Cuiabá iniciou as oitivas do processo que pede a cassação do vereador Abílio Júnior (PSC). O parlamentar é acusado de quebra de decoro devido ao envolvimento em diversas polêmicas e brigas com colegas.
As sessões estão sendo a portas fechadas. Entretanto, o vereador Toninho de Souza (PSD) - presidente da comissão - descreveu que na primeira oitiva foram ouvidos os vereadores Juca do Guaraná Filho (Avante) e Chico 2000 (PR), que prestaram esclarecimentos sobre as declarações de Abílio, que os acusa de tê-lo ameaçado de morte.
Ao RepórterMT, Juca do Guaraná disse que as acusações são infundadas e que não passam de mais uma das invenções de Abílio.
“Ele é louco. Se alguém me ameaçar, no mesmo instante, vou a uma delegacia e registro uma ocorrência. Pode ser quem for. Ele não fez isso porque está sendo leviano e covarde”, afirma o parlamentar.
“Ele é louco. Se alguém me ameaçar, no mesmo instante, vou a uma delegacia e registro uma ocorrência. Pode ser quem for. Ele não fez isso porque está sendo leviano e covarde”, afirma Juca do Guaraná.
A reportagem também tentou contato com o vereador Chico 2000, no entanto, até o momento da publicação as ligações não foram atendidas nem retornadas.
Cassação
O vereador Ozéas Machado, do mesmo partido de Abílio o PSC, entrou com uma denúncia na Câmara, em que ele alega que o colega tem "praticado de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis como decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador".
Nesta terça-feira (25), serão ouvidos servidores do Hospital São Benedito e o vereador Xavier (PTC), para falar do episódio em que Abílio Júnior é acusado de entrar na unidade hospitalar e pegar documentos sem autorização, além de maltratar funcionários.
As investigações da época resultaram na prisão do ex-secretário de Saúde Huark Douglas.
No período, o vereador fazia parte da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Saúde, que investigava contratos da Saúde Municipal.
Entre quarta-feira e sexta-feira, serão ouvidas dez testemunhas arroladas por Abílio e ele próprio.
Ao ser concluído a fase de depoimentos, Abílio Júnior tem o prazo de cinco dias para apresentar suas alegações finais.
“Depois de apresentadas as alegações finais, o relator irá pegar todos os documentos e depoimentos e fazer seu relatório ou seu voto e apresentar para a mesa, em seguida, deve ser marcada a votação”, explicou Toninho de Souza.
Polêmicas
Abílio já foi protagonista de brigas e escândalos em inaugurações da prefeitura, audiências públicas e sessões plenárias.
Ele e o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) já protagonizaram diversas agressões verbais e físicas, em sessões da Câmara.
Em maio, ele foi conduzido para a delegacia sob acusação de invadir a casa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). No entanto, ele alegou que foi atacado pelo segurança da primeira-dama Márcia Pinheiro e que estava apenas fiscalizando a obra da casa do gestor.
Em dezembro do ano passado, ele realizou um protesto na inauguração da 1° Etapa do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).