22 de Setembro de 2019, 11h:10 - A | A

Repórter MT / CPI DA RENÚNCIA FISCAL

Blairo pediu a deputado que depoimento da presidente de Amaggi não seja secreto

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, deputado Wilson Santos (PSDB) disse que o ex-ministro da Agricultura e ex-senador, Blairo Maggi ligou para ele confirmando a presença do presidente executivo do Grupo Amaggi, Judiney Carvalho, no depoimento previsto para a segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa.

Além disso, o tucano contou que Blairo pediu para que a sessão não seja secreta, como ocorreu com o doleiro Lúcio Funaro, na última quinta-feira (19).

“O Blairo me ligou hoje de manhã [sexta-feira, 20] pedindo que seja aberta e ainda confirmou a presença do presidente”, disse

Segundo Wilson, o presidente executivo foi chamado para prestar depoimento após denúncia de que o Grupo Amaggi teria deixado de pagar o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) durante anos.

“Então chegou a hora de tirar isso a limpo, a CPI também investiga sonegação. Chegou a hora de tirar isso a limpo. Se for verdade nós vamos tomar os encaminhamentos, se for mentira vamos pôr um ponto final nessa conversa”, comentou.

Sessões abertas

O presidente da CPI garantiu que os próximos depoimentos serão abertos, diferente do que aconteceu com o doleiro Lúcio Funaro.

Na sessão de quinta, após requerimento apresentado pelos demais membros da CPI, o doleiro foi ouvido a portas fechadas. O membro-suplente da comissão, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), negou que a decisão tenha sido uma manobra e destacou que a proposta foi baseada na segurança jurídica, pois, segundo ele, há uma delação do doleiro em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois de Judiney Carvalho será ouvido o ex-governador Silval Barbosa.

“Muito ruim, desnecessária, inoportuna, ultrapassada, coisa de antigamente, [transformar o depoimento em secreto] nós estamos vivendo novos tempos onde o cidadão que paga os nossos salários exige transparência. O mínimo que exige é transparência, saber dos negócios públicos. Então muito ruim a posição dos colegas, mas ainda bem que já há um consenso de que foi erro e a próxima oitiva que acontecerá segunda-feira, às 14h, será totalmente aberta à imprensa”, disse.

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