02 de Março de 2020, 08h:35 - A | A

Repórter MT / IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Câmara analisa pedido de impeachment de prefeito essa semana

Fábio Junqueira, de Tangará da Serra, é acusado de diversos crimes cometidos à frente do Poder Executivo municipal

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



A Câmara de Vereadores de Tangará da Serra (241 km de Cuiabá) recebeu um pedido de impeachment contra o prefeito da cidade Fábio Martins Junqueira (PMDB). A denúncia aponta diversos atos ilícitos e de improbidade administrativa do chefe do executivo municipal.

O pedido foi formulado pelo advogado Jean Piccoli e encaminhado ao Legislativo municipal no dia 25 de fevereiro e protocolado no dia seguinte. Conforme apurado pelo #reportermt, o pedido já está nas mãos do presidente da Câmara da cidade, Ronaldo Quintão (PP) e pode ser colocado em análise de acolhimento já na sessão da próxima terça-feira, dia 3 de março.

“O processo está disponível para os vereadores fazerem sua análise. Os vereadores estão bem reservados  quanto a possíveis debates. Ocorre que o pedido tem muitos processos que ainda estão em andamento e que o prefeito está respondendo no Judiciário. Se a Câmara afasta e o Judiciário absolve, como fica?”, disse Quintão ao #reportermt.

O pedido de impeachment aponta 10 pontos, entre condenações que o prefeito sofreu por atos de improbidade administrativa e também denúncias que foram apontadas pelo Ministério Público para embasamento.

O ponto 1 é uma condenação que Junqueira sofreu sob a acusação de autopromoção. Conforme o MP, o prefeito passou a colocar o slogan e logo usados na campanha em obras e atos da prefeitura, bancados com dinheiro público. A condenação em primeira instância aconteceu em 25 de maio de 2019.

Os outros pontos são extraídos de denúncias oferecidas pelo MP e recebidas pelo judiciário. Segundo o pedido de impeachment, “não se leva em conta o resultado final de um julgamento, mais sim fatos apurados diante da detida análise de processos judiciais, atos administrativos, e condutas que destoam dos princípios insculpidos no art. 37º caput, da Constituição Federal, sendo eles a legalidade, impessoalidade, moralidade”.

Outro ponto a se destacar na denúncia é o pagamento em duplicidade do salário do secretário de Saúde, Itamar Bonfim, com prejuízo superior a R$ 372 mil. Na época dos fatos, o secretário também recebia salário por ser servidor do Estado.

O pedido ainda aponta que o prefeito fez pagamentos a um advogado particular usando dinheiro da prefeitura.  O advogado em questão ainda era servidor do município.

A denúncia número 2 aponta "superfaturamento de preços na aquisição de 365 camas empilháveis, com prejuízo estimado aos cofres públicos de R$ 69.350,00”.

Um pedido de indisponibilidade de bens também foi arrolado no processo que pede o impeachment do prefeito. Conforme a denúncia, Junqueira “teria em tese determinado o pagamento de férias indenizadas em benefício próprio, relativas ao período de 1.1.2013 a 31.12.2016, no espeque de R$ 116.894,18, sem que houvesse Lei Municipal prevendo o pagamento de gratificação de férias ao Prefeito”. Essa denúncia foi feita pelo #reportermt à época.

Leia mais: Vereadores investigam pagamento de férias a prefeito de Tangará da Serra

Outro lado

O RepórterMT tentou entrar em contato com o prefeito Fabio Junqueira por meio de contatos disponíveis no site da Prefeitura de Tangará da Serra, mas as ligações não foram atendidas.

Comente esta notícia



GRUPO ANDRÉ MICHELLS

Rua das Orquídeas, 247 Bosque da Saúde Cuiabá - MT 78050-010

(65)33583076

RepórterMT
G5 NEWS
CONEXÃO PODER