MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Fábio Tardin (DEM), afirmou que só tomará uma atitude referente ao mandato do vereador Jânio Calistro (PSD) – preso por envolvimento com o tráfico de drogas, após os desfechos da Operação Cleanup, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), ou seja, apenas em 2020, depois do recesso parlamentar.
Enquanto isso, o vereador seguirá recebendo salário de R$ 10 mil, enquanto estiver preso, sem trabalhar.
“Cumpre-nos aguardar sermos oficiados para a análise jurídica da referida correlação como exercício do mandato para o encaminhamento a Comissão Ética Parlamentar, e assim adotas as providências legais”, diz trecho da nota enviada à imprensa na quinta-feira (19).
Tardin escreveu ainda que ficou sabendo da prisão do vereador pela mídia. Além disso, o texto ressalta que a investigação é de crimes cometidos “fora do recinto da Câmara e sem correlação com a instituição, sendo de inteira responsabilidade, única e exclusiva do infrator, que estará sujeito ao sereno e rigoroso julgamento do Poder Judiciário”.
O vereador Jânio Calistro, que é policial civil aposentado, foi acusado de ser consultor de compra e vendas de droga de uma facção criminosa ligada ao Comando Vermelho.
Ele seria uma espécie de consultor, e aconselhava o grupo de como operar para não ser pego pela polícia.
Sua prisão preventiva foi cumprida na manhã de quinta. Por ter nível superior foi encaminhado para o Cento de Custódia da Capital (CCC).
O parlamentar se declara inocente de todas as acusações.
Veja nota na íntegra:
O Presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Fábio Tardin, vem a público esclarecer que tomou conhecimento pela imprensa, da prisão do vereador Jânio Calistro, na manhã desta quinta-feira (19.12), durante a operação “Cleanup”, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil.
O presidente esclarece que não tem conhecimento dos fatos que ensejaram a prisão do vereador, por este motivo não tem como se manifestar. A fim de evitar qualquer atitude precipitada, por orientação da assessoria Jurídica da Casa de Leis, vai aguardar o desfecho do caso para posteriormente se manifestar oficialmente.
Fábio Tardin ressalta que respeita o princípio do contraditório e da ampla defesa do vereador Jânio Calistro, mas assim que os fatos forem esclarecidos, serão levados ao conhecimento da sociedade em respeito à transparência da Administração Pública.
Ressalta ainda que a investigação de crimes cometidos fora do recinto da Câmara e sem correlação com a instituição são de inteira responsabilidade, única e exclusiva do infrator, que estará sujeito ao sereno e rigoroso julgamento do Poder Judiciário. Cumpre-nos aguardar sermos oficiados para a análise jurídica de referida correlação com o exercício do mandato para o encaminhamento a Comissão de Ética Parlamentar adotar as providências legais.