RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil afirmou que testemunhas ouvidas pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz) revelaram que a aquisição de materiais destinados a escolas indígenas, que podem ter causado prejuízo de R$ 1,1 milhão aos cofres do Estado, foram determinadas pela ex-secretária de Estado de Educação e atual deputada federal Rosa Neide (PT), no final de 2014.
Ao receber as informações, os investigadores ouviram a deputado, porém, ela teria apresentado contradições em seu depoimento, o que motivou o pedido de busca e apreensão em desfavor dela e, consequentemente, a Operação Fake Delivery, deflagrada na manhã desta segunda-feira (19).
A operação da Polícia Civil apreendeu documentos na casa da deputada, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. Enquanto isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu o ex-secretário Adjunto de Administração Sistêmica, Francisvaldo Pereira de Assunção, próximo ao Posto Gil, em Diamantino.
Os investigadores destacam que Francisvaldo Pereira de Assunção, atualmente, cedido à Assembleia Legislativa, foi o responsável por receber o “suposto” material entregue a Seduc sem que restasse evidenciado o destino desse volume expressivo de mercadoria.
O preso foi encaminhado à juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal da Capital, que decretou a preventiva, onde irá prestar depoimento.
A investigação é coordenada pelos delegados Luiz Henrique Damasceno e Lindomar Tofoli.
Ao todo, participam da operação 20 Policiais, sendo 4 delegados, 2 escrivães e 14 investigadores.
Outro lado
Em nota, a deputada disse que "acompanha pela imprensa os desdobramentos da Operação Fake Delivery. Embora não seja investigada, a parlamentar informa que segue, como sempre, à disposição dos Órgãos de Investigação para quaisquer esclarecimentos, referentes ao período que atuou como secretária de Estado de Educação".
Íntegra da nota:
A deputada federal Professora Rosa Neide (PT) acompanha pela imprensa os desdobramentos da Operação Fake Delivery. Embora não seja investigada, a parlamentar informa que segue, como sempre, à disposição dos Órgãos de Investigação para quaisquer esclarecimentos, referentes ao período que atuou como secretária de Estado de Educação.