SILVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
Algumas das conversas recuperadas do celular do ex-secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, pela equipe de investigação especial das escutas telefônicas clandestinas, que ocorreram no governo de Pedro Taques (SD), que ficaram conhecidas como "grampolândia pantaneira", mostram tentativa de interferir nas ações da delegada Ana Cristina Feldner.
O plano, revelado no relatório de investigação dos caso do grampos, foi cogitado pelo delegado Fausto Freitas (atual titular da DHPP - Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) em conversa de WhatsApp no dia 11 de agosto de 2017. Feldner já era a delegada responsável pelas investigações na época.
Fausto diz ao então secretário Rogers que "a Chris tem que ter essa noção. Pensei que talvez o Eder, que tem mais contato com ela,
pudesse dar um toque nela. Se quiser, eu posso ver de falar com ele". Trecho, que na análise dos investigadores, destaca a tentativa de cooptação de uma pessoa com nome de “Eder” na tentativa de interferir nas investigações sob o comando da delegada.
O "toque" a que se referia o delegado seria sobre o "prejuízo grande" que seria para a categoria atingir o então secretário Rogers e disse que não só ele mais outras pessoas, que ele não revelou os nomes, também pensavam igual.
"Outro prejuízo grande que poderia ocorrer pra categoria é tentar atingir você, pra saciar o ego de alguns colegas que têm inveja. Pessoal que conversei também concorda que isso seria mto ruim e ficaram de tentar disseminar na categoria que não será tolerado misturar sentimentos pessoais com essas investigações", traz outro trecho da conversa de Fausto com Rogers.
