ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO
Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Sacre Campos, vão baixar novos decretos com medidas de restrição iguais para as duas cidades. Após reunião na manhã desta segunda-feira (22), eles fecharam o acordo de adotar as mesmas regras. “Vamos tomar medidas conjuntas. Tratar como uma cidade só com um milhão de pessoas”, afirmou Emanuel Pinheiro.
As medidas serão válidas para os próximos 15 dias. Os bares serão fechados nas duas cidades, porque há o entendimento que estes estabelecimentos estão sendo foco de desrespeito às medidas de biossegurança. “O contato entre as pessoas é muito grande nestes locais, com o uso de bebida isso aumenta. Há um consenso que como os bares não estão se adequando aos decretos, vão ser fechados”.
A partir de quarta-feira (24), o toque de recolher terá início às 20h na Capital. Em Várzea Grande deve ser mantido às 19h30.
“Estamos numa pandemia, momento de excepcionalidade. Estamos tentando equilibrar impacto econômico com o sanitário. Eu peço que todas as atividades econômicas entendam que existe necessidade de tomar medidas duras, mas extremamente necessárias”, enfatizou Emanuel Pinheiro.
O decreto de Cuiabá está praticamente pronto. Ele seria finalizado numa reunião do Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus em reunião amanhã, mas que foi antecipada para esta tarde.
A equipe técnica de Várzea Grande continua reunida para concluir o documento da cidade vizinha. Ainda hoje, as duas prefeituras vão anexar os decretos à ação civil pública proposta pelo Ministério Público que solicita à Justiça que seja decretado lockdown em Cuiabá e Várzea Grande.
Emanuel Pinheiro acredita que as medidas são duras, darão resultados, e a Justiça vai aceitar a proposta. “Tenho impressão que o judiciário quer uma resposta, e as duas prefeituras estão dando, com medidas duras, mas necessárias para proteger a população”.
Outras propostas
O prefeito de Cuiabá também propôs a redução da frota de ônibus do transporte público para 30% e para atender apenas os trabalhadores de serviços essenciais. Trabalhadores do comércio teriam que ser transportados pelos próprios empresários.
É estudada a implantação do rodízio de veículos.
O horário de funcionamento do shoppings será das 11h às 18h. Os restaurante vão poder continuar abertos, mas apenas das 11h às 15.
Os supermercados terão que fechar às 20h, no início do toque de recolher.