MAJU SOUZA
GALINDO
Os irmãos Dário de Queiroz Galvão Filho e Mario de Queiroz Galvão confirmaram à Justiça o pagamento de propina, no montante de R$ 40 milhões, ao ex-prefeito Chico Galindo (PTB) para que o Grupo Galvão, dono da CAB Cuiabá, vencesse a licitação para prestar serviços de água e esgoto na Capital.
O Grupo empresarial fechou um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.
Segundo o site RD News, que teve acesso ao processo, a informação inicial, prestada por uma fonte anônima, era de que R$ 100 milhões tinham sido pagos por funcionários do Grupo Galvão para que a licitação fosse fraudada.
As propinas teriam sido entregues por meio da emissão de notas fiscais de serviços, geradas pelas empresas Eletroconstrol/Nhambiquaras, Três Irmãos Engenharia Ltda., e HL Construtora, em nome do Grupo Galvão.
As investigações estão a cargo da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz), que abriu três inquéritos para apurar a fraude na licitação, que ocorreu em 2011.
O último é do ano de 2019, feito com base nas informações fornecidas pelos irmãos Dario e Mario Galvão.
Os inquéritos foram apensados (juntados) em um processo, que tramita em sigilo, na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
O Grupo Galvão colapsou depois de ser evolvido na Lava Jato e entrou com pedido de recuperação judicial, tendo deixado os serviços de água e esgoto de Cuiabá ao grupo RK Partners, que criou a Águas Cuiabá, atual administradora da concessão.
Outro Lado
Em nota, o ex-prefeito afirmou desconhecer "qualquer inquérito nesse sentido, uma vez que nunca fui intimado para depor sobre os fatos" e que confia "nas autoridades investigativas e no Poder Judiciário". Galindo encerra o texto afirmando que sempre esteve à "disposição, para esclarecimentos em busca da verdade real dos fatos".
Veja nota na íntegra:
Diante das notícias veiculadas na imprensa sobre suposto pagamento de propina, venho por meio desta esclarecer que:
Tratam-se de declarações unilaterais cujo valor probatório será analisado em juízo;
Desconheço qualquer inquérito nesse sentido, uma vez que nunca fui intimado para depor sobre os fatos;
Confio nas autoridades investigativas e no Poder Judiciário;
Por fim, reitero que sempre estive a disposição, para esclarecimentos em busca da verdade real dos fatos.
Francisco Galindo
* Com informações do site RD News