30 de Agosto de 2019, 10h:16 - A | A

Repórter MT / CONVITE DA OPOSIÇÃO

Emanuel chama CPI do Paletó de 'teatro político' e recusa depor à Câmara

A CPI apura recebimento de suposta propina por Emanuel Pinheiro, enquanto deputado estadual, assim como outros então parlamentares.

KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO



O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que não comparecerá à “CPI do Paletó” (Comissão Parlamentar de Inquérito) para ser sabatinado pelos vereadores sobre o vídeo em que aparece, supostamente, recebendo propina quando ainda era deputado estadual. O emedebista classificou a CPI como um “teatro político”.

A declaração da recusa do convite foi dada na manhã desta sexta-feira (30), durante entrevista à TV Centro América, afiliada da Rede Globo.

“Esse é um assunto que eu chamo de ‘internacorpus’. É um assunto que eu não interferi para criar, não interferi no funcionamento e não vou interferir nas decisões judiciais, isso não cabe a mim. O que cabe a mim é ser prefeito de Cuiabá”, rechaça o prefeito.

A “CPI do Paletó” apura pagamento de propina a deputados estaduais na época da gestão do ex-governador Silval Barbosa (ex-MDB). Assim como Emanuel, vários deputados foram filmados recebendo maços de dinheiro das mãos do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cesar Correa. A gravação teve repercussão nacional e culminou na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Cuiabá, após Emanuel se eleger prefeito.

Na semana passada, a CPI foi retomada pelos parlamentares, que conseguiram na Justiça afastar dois membros por suposta manobra para “blindar” o prefeito.

No documento, o juiz Wladys Roberto determinou a retomada dos trabalhos.

O vereador Marcelo Bussik, que foi mantido como presidente da comissão, afirmou que o prefeito será convidado na fase de oitiva, já que ele não pode ser convocado.

Mas Emanuel disse que não pretende aceitar o convite.

”O processo está na Justiça e eu estou me defendendo lá. Lá eu vou poder comprovar toda a farsa e todo à injustiça, somente lá esse episódio”, explica o prefeito.

O prefeito ainda argumentou que constitucionalmente não precisa comparecer e se antecipar em dar declarações isoladas e que, por isso, não pretende “entrar nesse jogo”.

 “Aqui na Câmara Municipal é um teatro político e se eu fosse entrar nesse jogo ou agisse diferente do que eu estou fazendo hoje certamente Cuiabá não estaria ‘andando’. Respeito à separação e sou professor de Direito Constitucional e nesse princípio da separação de Poderes, o que me cabe é comandar o Poder Executivo Municipal para isso eu fui eleito”, finaliza.

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