MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que a decisão judicial, a favor do delegado Lindomar Tofoli, reforça a necessidade de que sua denúncia sobre suposto uso politico da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), por parte de membros do Governo do Estado, seja investigada.
A declaração ocorreu na segunda-feira (23), quatro dias após o juiz Yale Sabo Mendes, da Sétima Vara Cível de Cuiabá, determinar o retorno do delegado à Defaz.
“Houve agora essa decisão da Justiça, no meio do caminho, e reforça pelo menos a necessidade de uma apuração”, apontou Emanuel.
Emanuel procurou a Assembleia Legislativa (AL) e solicitou que fosse investigado o uso do aparelhamento do Estado, contra ele, de forma indevida. Dois delegados, sendo um deles Tofoli, estariam sofrendo perseguição política por, supostamente, se recusarem a investigar o prefeito.
Além disso, o emedebista ressaltou que não está usando o fato como promoção ou perseguição política e espera que situação não passe de um mal entendido.
“Tomei cuidado. Poderia ter feito o maior carnaval, poderia ter explorado politicamente, poderia ter apelado, mas jamais faria. Até porque preciso que isso seja investigado. Quero saber se isso é verdade ou não. Busquei o Poder Legislativo, que tem a competência de fiscalizar a conduta dos agentes públicos estaduais”, argumentou.
Segundo o prefeito, os delegados devem comparecer a Assembleia no dia 6 de janeiro, para conversar com os deputados.
O caso
O afastamento do delegado Tofoli seria uma espécie de punibilidade por não ter investigado Emanuel. O Governo nega veementemente as suspeitas.
A determinação ocorreu no início do mês após o delegado ingressar com uma ação alegando ser vítima de perseguição política, já que em 10 dias foi transferido para três delegacias diferentes, sem justificativa.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) - que representa os interesses do Governo - tentará reverter à decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). (veja)