RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que não vai atender mulheres desacompanhadas em seu gabinete. A medida foi adotada após pedido da primeira-dama Márcia Pinheiro, para prevenir "armação política", por exemplo, denúncia de assédio sexual, como ocorreu com o vereador Adevair Cabral (PSDB).
Segundo o prefeito, a primeira-dama ficou preocupada com o caso e por isso pediu cautela com receio de que ‘armem’ contra ele.
“Estou proibido, por ela [primeira-dama], de atender mulheres sozinhas no meu gabinete. Ela quer que, chegou uma mulher e pediu audiência para mim, alguém ou algum assessor esteja perto, porque tem medo que armem para mim e a pessoa saia dizendo: ‘Emanuel Pinheiro quer me estuprar no gabinete do prefeito’. Já pensou o estrago para descobrir seis meses depois que era mentira”, disse o prefeito durante visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), na última sexta-feira (08).
Emanuel destacou que as “coisas” no Brasil estão estranhas e que as pessoas têm que deixar de ser menos más e serem mais justas.
“Qualquer coisa denigre, se é político então. Por isso, fiz questão de mostrar solidariedade ao Adevair, já de cara à primeira denúncia caiu por terra. O próprio MP [Ministério Público] mandou arquivar por absoluta falta de provas e agora fica a palavra de uma moça contra ele”, frisou.
Adevair Cabral foi acusado por uma servidora de assédio sexual por uma ex-servidora da Secretaria de Saúde da Capital. O tucano nega e se diz vítima de perseguição política.
Além disso, havia outra denúncia no Ministério Público do Estado (MPE) sobre acusações de favorecimento à prostituição, exploração sexual de vulnerável e crime contra criança e adolescente.
Ao RepórterMT, Adevair negou que tenha cometido os crimes e garantiu que não há nenhuma investigação contra ele.