KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
Alvo de críticas nas últimas semanas por conta do rebaixamento da nota B para C, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que a oposição tenta “vender o caos” contra sua administração. A nota é referente à avaliação da Capag (Capacidade de Pagamento do município – Tesouro Transparente) que, segundo o prefeito, será convertida com novas operações de crédito. “É claro que a oposição sem conhecimento ou com desejo do quanto pior, melhor, tentaram vender o caos”, disse o prefeito.
Aos jornalistas que acompanharam a coletiva no Hospital São Benedito, Emanuel alegou que o município se comprometeu ao fazer novos empréstimos para obras de infraestrutura e como consequência houve o rebaixamento da nota. No entanto, ele avaliou as críticas como “algo tranquilo”.
Além disso, ele (prefeito) garantiu que o fato de o Tesouro ter avaliado como “ruim” o município, em nada prejudica investimentos nas obras da Capital.
“Estou achando uma situação absolutamente normal. Cuiabá está muito bem administrada, a folha está em dia, os salários em dia, RGA [Revisão Geral Anual]”, enfatiza.
O prefeito ainda argumentou que “está competindo consigo mesmo” e que em breve irá honrar com as finanças.
“A nota da Secretaria do Tesouro Nacional [STN] eu estou disputando comigo mesmo, exatamente porque estou contraindo empréstimos com juros baixos com prazo novo e com carência boa, porque o município está apto, com capacidade de contrair empréstimos para investimentos para melhorar a vida da população”, enfatiza.
O emedebista afirmou que as parcelas dos empréstimos serão pagas gradualmente e com isso o município retomará sua capacidade de pagamento.
“Na minha gestão vamos começar a pagar as parcelas e voltaremos à letra B se possível até a letra A. Mas, a letra B eu não tenho dúvida que iremos voltar e não vai atrapalhar em nada os investimentos”, destaca.
Em entrevista recente, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), reagiu dizendo que o episódio “entristece” e gera “consequências danosas à população”. O democrata foi questionado porque em seu último mandato (de 2013 a 2016), na condição de prefeito, geriu a Prefeitura de Cuiabá e a entregou com a nota B.
“Eu queria convidar o governador para essa romaria de agendas nossas aqui em Cuiabá. Todo dia é uma entrega”, finaliza.