MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que ter interesse no prédio da Escola Estadual Nilo Póvoas, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá, após a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) anunciar o fechamento da unidade no mês passado. A declaração soou como uma alfinetada no governador Mauro Mendes (DEM), seu adversário político, que negou de imediato o pedido. Secretários do Palácio Paiaguás, como o da Casa Civil Mauro Carvalho, chegaram a dizer que o emedebista faz política de confronto - veja.
O Estado quer o local um Centro de Referência em Educação Inclusiva.
Já Emanuel quer criar Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) que, segundo ele, geraria 750 vagas para crianças de zero a cinco anos.
“Seria uma grande ideia. Em 2017, Pedro Taques fez uma grande reforma lá [Nilo Póvoas], para comporta 750 crianças. Não imagino o Nilo Póvoas funcionando para outra coisa que não seja educação, pública, universal, gratuita e de qualidade”, argumentou Emanuel.
"No centro da cidade, de frente para secretaria Municipal de Educação. Só atravessar a rua que o secretário já está lá. Não foi uma proposta sensata? Vieram com pedras, metralhadoras, arco, flecha, fuzil, a troco de que essa irritação toda", questionou.
Fechamento
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou, que está fazendo processo de reordenamento da rede estadual, para otimizar os recursos financeiros, potencializar os espaços, melhorar a estrutura física das unidades e a demanda do atendimento aos alunos.
A Seduc argumentou que o prédio da Nilo Póvoas possui 12 salas de aula e capacidade para atender cerca de mil alunos, no entanto, atualmente, atende cerca de 130 alunos em tempo integral. Diante disso, a Seduc decidiu pelo remanejamento dos alunos da Escola Nilo Póvoas para a Escola Estadual Antônio Epaminondas, localizada no bairro lixeira, em Cuiabá, que também oferta o ensino médio em tempo integral.
O Governo quer transformar a escola em um Centro de Referência em Educação Inclusiva. A informação foi anunciada pela secretária da Seduc Marioneide Kliemaschewsk.
Segundo a secretária, o espaço será utilizado para atender a todo tipo de inclusão, não somente dos alunos portadores de deficiência, como surdos, mudos e autistas, mas também os alunos que encontram-se sofrendo com bullying, depressão, violência doméstica, automutilação e uma série de fatores que acabam interferindo na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo.