19 de Dezembro de 2019, 15h:40 - A | A

Repórter MT / 16 DIAS DE FESTA

Juiz libera Arcanjo para passar Natal e Ano Novo em fazenda

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



A Justiça liberou o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro passar 16 dias entre sua fazenda, em Várzea Grande e sua mansão no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

A decisão é do juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, e foi proferida no dia 17 de dezembro.

João Arcanjo foi preso em maio deste ano, após a Polícia Civil deflagrar a Operação Mantus, que desarticulou dois grupos criminosos acusados de chefiarem, em rivalidade, o jogo do bicho em Mato Grosso. Atualmente, o ex-comendador cumpre pena com uso de tornozeleira eletrônica.

A decisão autoriza o réu a passar as noites de 21 de dezembro a 06 de janeiro na Fazenda São João, onde familiares tem costume de se reunir todo final de ano.

“Participar de encontro ajustado com familiares e amigos, que se deslocarão de outras unidades federativas (Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo) até a “Fazenda São João” para, juntos, celebrar o Natal e o 2020, a exemplo do ano passado”, consta no pedido.

O Ministério Público foi contra a autorização, alegando que tal fato se caracteriza ‘saidinha’ de final de ano e não deveria ser aceito por ser superior aos sete dias estipulados por lei.

“Em outras palavras, não se trata de saída temporária, mas sim de alteração da zona de inclusão noturna por 16 (dezesseis) dias, o que se mostra plenamente viável e aconselhável, principalmente porque haverá o monitoramento eletrônico”, rebateu Fidélis.

O juiz ainda argumentou que o convívio familiar é parte do processo de recuperação de réus em regime semiaberto.

“O estreitamento dos laços familiares do recuperando constitui expressão de dever social e da dignidade da pessoa humana, com finalidade de (res) socialização, de modo que a família contribui decisivamente no processo de (re) inserção social do custodiado, pela capacidade de agregar valores éticos-morais à sua formação. Nesse sentido, o Estado deve promover atos que confiram oportunidades ao recuperando de restabelecimento de laços familiares e, por conseguinte, de integração social”, assinalou Fidélis.

Operação Mantus

A Operação Mantus cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

Uma das organizações, conforme a polícia, era liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra era liderada por Frederico Müller Coutinho.

Além de Arcanjo, Frederico e Giovane Zem, mais 30 pessoas foram indiciados por crimes de organização criminosa, extorsão, extorsão mediante sequestro, lavagem de dinheiro e contravenção penal do jogo do bicho.

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