RAFAEL MACHADO
KAROLLEN NADESKA
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) definiu durante sessão ordinária desta terça-feira (05) a composição da Mesa Diretora para o próximo biênio (2020-2021). Por unanimidade dos votos, os membros do Pleno de Contas escolheram o conselheiro Guilherme Maluf como presidente, o atual presidente Domingos Neto para vice-presidente e Moisés Maciel para o cargo de corregedor-geral.
Sem concorrentes, Maluf foi o único conselheiro apto a participar da eleição, isso porque o atual presidente é proibido de se reeleger de acordo com o regimento interno do órgão. Ele tomou posse como titular em março na vaga do ex-conselheiro Humberto Bosaipo, que deixou a Corte acusado de corrupção.
No discurso após o resultado da votação, o conselheiro Guilherme Maluf relembrou sua trajetória política, principalmente quando assumiu a presidência da Assembleia Legislativa.
“Talvez essa seja a missão mais importante da minha vida, já tive outras missões, quando presidi a Assembleia de Mato Grosso em um momento muito difícil nesse estado governador preso, presidente da Assembleia preso pudemos junto com a nossa equipe fazer um bom trabalho”, comentou.
Ele disse que vai buscar ao longo de sua gestão na presidência do TCE a união interna e externa do Tribunal de Contas.
“Vou procurar ao longo desses dois anos me dedicar muito a este tribunal e fazer valer cada um desses votos que recebi na data de hoje. Essa união vou procurar buscar nesta Casa e que seja uma união interna e externa. Interna com todos os nossos colaboradores, valorizando os colaboradores desta Casa, que já se destaca em nível nacional pela qualidade de seus colaboradores e nível externo harmonizando cada vez mais os Poderes. Isso é fundamental!”, disse.
Maluf assumiu o cargo em março deste ano após indicação da Assembleia Legislativa. Sua escolha foi contestada pelo Ministério Público do Estado (MPE) que tentou anular o processo de escolha dele ao cargo por supostas ilegalidades.
Antes da votação, o atual presidente, conselheiro Domingos Neto relembrou que o Tribunal de Contas ainda vive uma situação atípica quando sua estrutura organizacional básica. Ele destacou que atual composição do Pleno é composta por dois conselheiros titulares, dois conselheiros substitutos e cinco conselheiros interinos em razão do afastamento de cinco conselheiros titulares decorrente da Operação Malebolge, que apura suposto recebimento de propina.
“Uma fase extremamente delicada que envolve muito entendimentos e opiniões que muitas vezes são divergentes. Nesse cenário, esta presidência tem buscado conduzir esta Casa de modo a apresentar encaminhados que sejam coerentes e alinhados com interesse público e com os princípios constitucionais”, disse.