MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) criticou, em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta quarta-feira (04) a picuinha política entre o presidente Jairo Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, que se formou em torno da vacina contra a covid-19, fabricada pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Recentemente o presidente cancelou a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac sob o argumento de que os brasileiros não serão cobaias. O cancelamento causou alvoroço político já que o ministro Eduardo Pazuello havia anunciado a compra aos governadores e estimado que a distribuição ocorreria em janeiro.
A constatação de Mendes faz referência ao fato do Instituto Butantan ser ligado ao Governo de São Paulo, de João Doria, que deve disputar a presidência da República, em 2022, e pode ser adversário de Bolsonaro, cotado para disputar a reeleição.
Mendes esteve na terça-feira (04) em Brasília, em reunião com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, além de outros governadores, que assim como ele, pediram que os chefes de poderes intercedam junto ao presidente para que haja logo uma definição sobre a compra e distribuição da vacina contra a covid-19.
Na entrevista o governador defendeu a atuação e os resultados do Instituto Butantan e ressaltou que a disputa política deve ser deixada para 2022.