RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) disparou críticas contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Desta vez, Mendes disse que seu adversário político é “malandro de carteirinha” e que o futuro dele será na cadeia.
As declarações mais duras ocorreram após o governador ser questionado sobre a decisão do prefeito de pedir intervenção da executiva nacional do MDB sobre a denúncia que fez sobre o suposto uso da máquina pública do Estado para atingí-lo politicamente. Nesta quarta-feira (30), a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) solicitou, via ofício, informações e providências sobre a denúncia feita pelo prefeito ao Ministério Público do Estado (MPE) e à Assembleia Legislativa.
Mauro disse que o prefeito é alvo de delações e de investigação de processos no Ministério Público. Além disso, lembrou que o emedebista teve três secretários afastados por corrupção e que, recentemente, Emanuel virou réu pelo caso que ficou conhecido paletó.
O governador usou uma frase do ex-governador Pedro Taques (Cidadania), que classificou como ex-amigo, para dizer que ninguém vai cair na conversa do prefeito que está sendo perseguido.
“Ele está achando que todo mundo é besta, como dizia um ex-amigo meu, que o povo é bobó cheira-cheira, que vai cair nessa conversinha de que está sendo perseguido. Está fazendo muita malandragem e malandro vai acabar parando na cadeia. Escrevam aí: um dia ele vai parar na cadeia”, disse durante conversa com a imprensa na inauguração da nova sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
A assessoria de Emanuel Pinheiro disse que não vai se pronunciar sobre as críticas do governador.
Explicações
O presidente da OAB Mato Grosso, Leonardo Campos, pediu informações sobre a denúncia feita por Emanuel Pinheiro ao MPE e Assembleia Legislativa, nesta quarta, depois do pedido feito pelo MDB.
O prefeito protocolou uma denúncia em dezembro do ano passado na Assembleia para que fosse investigada uma denúncia de suposto uso político da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) para prejudicá-lo politicamente.
Emanuel disse que tem ouvido burburinhos de que no período eleitoral pode ocorrer o uso do aparelho estatal.