23 de Outubro de 2019, 09h:33 - A | A

Repórter MT / DESVIO DE R$ 10 MILHÕES

Piran é líder e maior beneficiário de esquema no Governo; veja quem é quem

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



A Polícia Civil classificou o empresário Valdir Piran como líder, idealizador e maior beneficiário do esquema que fraudou dois contratos no antigo Cepromat (atual Empresa Mato-Grossense de Tecnologia da Informação - MTI) gerando prejuízos de R$ 10 milhões (valores atualizados).

Em delação premiada, o ex-governador Silval Barbosa revelou que a fraude foi feita exclusivamente para quitar dívidas com Piran. Os dois contratos do Cepromat previam aquisição de licenças de softwares para aulas interativas em escolas estaduais de Mato Grosso, mas, no entanto, a Controladoria Geral do Estado e Polícia Civil identificaram a eficácia 0% do contrato.

Os serviços pagos nunca foram usados e, alguns poucos instalados, foram feitos de forma 'pirata' nas escolas. A Justiça também determinou o sequestro de bens dos investigados para ressarcimentos aos cofres públicos.

Imagens mostram o momento em que Valdir Piran, apontado como líder do esquema, foi preso em Brasília.

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (22) a Operação Quadro Negro e prendeu seis pessoas envolvidas no esquema. São elas:

01: Valdir Agostinho Piran, empresário apontado como líder do esquema delatado pelo ex-governador Silval Barbosa. Piran teria apresentado Weyndson Soares Fonteles, representante da empresa Avançar, em uma reunião na Casa Civil com o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário de Pedro Nadaf. Lá eles combinaram o esquema, onde a empresa teria que repassar 50% do valor do contrato para Piran, como forma de sanar dívida com Silval. Pedro Nadaf foi empenhado no processo para garantir a 'operacionalização' do esquema. Tanto Silval, quanto Nadaf firmaram acordo de colaboração premiada com a Justiça.

02: Weyndson Soares Fonteles, representante da empresa Avançar Softwares e apontado como ‘testa de ferro’ de Piran pela Polícia Civil. Ele repassava dinheiro do esquema para contas de amigos e parentes de Caldir Piran.

03: Wilson Celso Teixeira, diretor presidente do Cepromat na época dos fatos. Responsável por assinar os dois contratos de fraude.

04: Francisvaldo Pereira de Assunção, servidor secretário adjunto de administração sistêmica na época dos fatos. Atestou o recebimento dos produtos de maneira a dar ‘credibilidade’ a um dos contratos. Os produtos nunca foram entregues.

05: Djalma Souza Soares, servidor diretor de gestão e tecnologia na época dos fatos. Elaborou justificativas para contratação da empresa Avançar tecnologia e assinou o recebimento ‘fake’ de produtos do contrato.

06: Edvamilton Lima de Oliveira, servidor com função técnica de garantir aparência de legalidade e regularidade na execução do contrato.

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