ANDREIA FONTES
DA REDAÇÃO
“Temos que superar esse ano como numa guerra. Veio um tsunami, destruiu muitos empregos, muitas empresas. Estado vai ter que se adaptar e se reconstruir economicamente. Acredito muito nesta retomada a partir de 2021”. A declaração é do secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, que está na Assembleia Legislativa neste momento passando para os deputados o panorama econômico-financeiro do Estado antes e pós pandemia.
Gallo destacou que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apresentou queda de 17,5% entre março e abril. Em termos financeiros, a redução foi de R$ 157 milhões. O secretário lembra que o ICMS é o principal tributo em Mato Grosso, ficando 75% da arrecadação para o Estado e 25% para os municípios.
“Vamos ter que reprogramar todo o orçamento com cortes nas despesas. Nossa prioridade segue firme na saúde, assistência social e segurança pública. Com o aumento de 110 leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), o Estado demonstra que está usando o caixa para salvar vida de mato-grossenses”.
O secretário enfatiza que o cenário é de muita incerteza. “O que temos certo é que em 2020 teremos uma recessão”. Ele enfatiza que é preciso apertar os cintos e sobreviver com o menor impacto possível.
“Chegamos nesta crise em condição de enfrentá-la. Senão tivéssemos essa condição fiscal de hoje, não teríamos condições sequer de fazer leitos e já teríamos perdido essa guerra”.
Gallo diz que o Estado está pagando fornecedores e funcionários em dia devido à reserva financeira que possui, mas que no próximo mês o governo vai começar a mensurar os impactos. “Em tempos de guerra temos um único inimigo, que é o vírus, Cada um tem que dar sua cota de participação”.
Ele ressaltou ainda que a liberação gradativa do comércio ameniza e atenua a condição do Estado e a vida das pessoas, mas complementa que é necessário que cada cidadão cumpra a sua parte nesta retomada das atividades econômicas. “Temos que mudar nosso comportamento. O uso de máscara é uma destas mudanças necessárias. Está em nossas mãos superar esse problema”.
