DA REDAÇÃO
“Temos que tomar uma decisão: ou a vida das pessoas ou resguardar aspectos mais econômicos”. A afirmação é do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que defende a adoção de medidas restritivas mais duras nos municípios onde estão os maiores índices de disseminação do novo coronavírus.
Ao anunciar que a rede pública de saúde estava próximo do colapso, na tarde desta terça-feira, Figueredo enfatizou que o governo do Estado não descansou nem um minuto desde antes da pandemia chegar a Mato Grosso, tentando ampliar a rede de saúde. Destaca que o Estado construiu um hospital em 45 dias e de 77 leitos de Unidade de Terapia Intensiva nos hospitais estaduais, conseguiu praticamente dobrar este número.
Afirma que não há falta de estrutura física, que os problemas se concentram na falta de equipamentos e até mesmo de contratação de profissionais.
O secretário sugeriu que os municípios que têm poucos casos ainda, que adotem barreiras sanitárias, como forma de impedir a disseminação. Ele destaca que em Cuiabá e Várzea Grande essa medida seria impossível, mas no interior do Estado há muitas cidades que podem fazer isso e evitar que a pandemia saia do controle.
Gilberto Figueiredo reforçou que a pandemia não está sob controle, cai crescer de forma brutal e que a única certeza hoje é que vai faltar leitos de UTI para atender todos os pacientes covid-19.
Nesta terça-feira, a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Sacre Campos, anunciou o feriado prolongado no município, começando nesta quinta-feira até domingo, como forma de tentar controlar a disseminação. A decisão foi tomada após os anúncios feitos pelo secretário de Estado sobre o colapso na rede pública.
Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, até o momento apenas decretou ponto facultativo na sexta-feira, o que não impede a abertura do comércio. Entretanto, já afirmou que vai baixar novo decreto hoje com medidas restritivas. O anúncio será a partir das 16h.