RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou por mais seis meses o afastamento dos cinco conselheiros titulares do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antonio Joaquim, Walter Albano e Sérgio Ricardo foram delatados pelo suposto recebimento de propina de R$ 53 milhões do ex-governador Silval Barbosa.
Com a decisão, na sessão da Corte Especial do STJ desta quarta-feira (19), os conselheiros completarão no próximo mês três anos de afastamento. O ministro Raul Araújo, relator do inquérito, disse que atendeu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela prorrogação do prazo devido ao andamento das investigações sobre o caso na Corte.
“Trago o voto deferindo o pedido Ministério Público Federal no sentido de que prorrogamos o afastamento de conselheiros investigados que integram o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, por mais de 180 dias, em razão de investigações que têm agregado outros elementos de interesse probatório aqueles anteriormente já colhidos, e também porque persistem as mesmas circunstâncias que os levaram anteriormente a decretar o afastamento”, proferiu o ministro.
Em setembro de 2017, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento dos cinco conselheiros após a deflagração da operação Malebolge, desencadeada depois da delação do ex-governador. Segundo Silval, os conselheiros receberam cerca de R$ 53 milhões de propina para não criar empecilhos nos andamentos das obras do MT Integrado e da Copa do Mundo. Todos os conselheiros negam as acusações.